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Oncologia do HCor aponta sinais que podem indicar câncer de pâncreas


Em prol da campanha ‘Setembro Roxo’, oncologista lista os principais alertas de que algo não vai bem com o órgão; considerado um dos tumores mais agressivos e de difícil diagnóstico, o câncer de pâncreas é responsável por cerca de 2% de todos os tipos de câncer diagnosticados e por 4% do total de óbitos

O mês de setembro foi escolhido para marcar a campanha Setembro Roxo. A iniciativa visa a conscientização da população sobre a importância da prevenção do câncer de pâncreas. Dados do Instituto Nacional do Câncer (INCA) mostram que, no Brasil, o tumor pancreático é responsável por cerca de 2% de todos os tipos de câncer diagnosticados e por 4% do total de óbitos por essa doença, o que representa um universo de mais de 8,7 mil pessoas. “Estamos falando de um dos tumores mais agressivos e de difícil diagnóstico, em virtude de sua localização”, alerta Dr. Auro Del Giglio, oncologista do HCor.

“Acredita-se que este será a segunda causa de óbito por câncer nas próximas décadas, já que a maioria dos pacientes é diagnosticada tardiamente e, infelizmente, vive só alguns meses após o diagnóstico e o tratamento”, alerta Dr. Auro. Em prol da campanha Setembro Roxo, o oncologista do HCor lista cinco sinais que podem ser um indício de câncer de pâncreas. Confira!

Icterícia: metade dos pacientes com câncer de pâncreas apresenta icterícia, condição que deixa a pele e os olhos amarelados. Isso porque, quando o tumor está instalado na parte superior do órgão, causa uma obstrução biliar.

Dor nas costas: à medida que o tumor avança pode provocar dores nas costas. No início, a dor é de baixa intensidade, podendo ficar mais forte. “A dor aparece porque o tumor pode comprimir os órgãos vizinhos, para os nervos ao redor do pâncreas. Vale lembrar que o câncer de pâncreas não é a principal causa da dor, outras doenças podem causar o sintoma com mais frequência”, ressalta Dr. Giglio.

Aumento da glicose: frequentemente existem pequenos problemas com o metabolismo do açúcar que podem ser reconhecidos por exames de sangue específicos. Embora ocorra o aumento dos níveis de glicose no sangue, não se caracteriza diabetes. Esse aumento é provocado pela deficiência na produção de insulina, principal função do pâncreas.

Hábitos intestinais: a quantidade insuficiente de enzimas pancreáticas no intestino pode causar diarreia ou constipação, e pele amarelada. Isso ocorre porque devido à obstrução no canal biliar. Este bloqueio provoca o aumento da quantidade de bilirrubina, um componente da bílis no sangue.

Perda de peso e náuseas: em algumas situações, a localização do tumor torna a alimentação mais difícil, como tumores que dificultem o trânsito normal do alimento pelo trato digestivo. O emagrecimento progressivo diminui a resistência do organismo a infecções e reduz a tolerância aos tratamentos necessários.

Prevenção: Não fumar e evitar o excesso de álcool são medidas importantes para a prevenção do câncer de pâncreas. Pessoas portadoras de outros fatores de risco, como pancreatite crônica, diabetes, histórico familiar ou submetidas a certas cirurgias de estômago, duodeno e vesícula devem manter o acompanhamento médico regular.

Tratamento: o tratamento do câncer de pâncreas pressupõe, sempre que possível, uma cirurgia para a retirada completa do tumor. Quando já existem focos de metástases prejudicando o funcionamento de outros órgãos, ela pode ser realizada para reduzir os sintomas adversos causados pela doença.

Quimioterapia, associada ou não à radioterapia, é um recurso terapêutico para evitar recidivas do tumor, controle da doença ou alívio dos sintomas.

Câncer de pâncreas é uma doença grave. As características dos sintomas que, no início, são inespecíficos e podem ser confundidos com manifestações de outras enfermidades, muitas vezes, inviabilizam o diagnóstico precoce, fundamental para o sucesso do tratamento.

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