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Verão: sol, calor e maior risco para doenças oculares, inclusive nas crianças

Grupo Hospital de Olhos Brasil (HOBrasil) alerta para a importância do uso de óculos de sol para proteção contra os raios UVA e UVB

Férias e verão, tudo junto e misturado. Sem dúvidas, a estação do ano mais divertida para adultos e crianças que buscam praias, piscinas, parques de diversão, além de circularem por festas com grandes aglomerações.  Especialista do Grupo HOBrasil alerta, no entanto, que os cuidados com os olhos nessa época do ano devem ser redobrados, pois é nesse período que há maior incidência de doenças oculares como conjuntivite, olho seco, alergias e transtornos ocasionados pela exposição excessiva à radiação solar.

Para ajudar a prevenir essas doenças, o uso de óculos de sol com proteção total contra a radiação solar que bloqueiam entre 99% e 100% os raios UVA e UVB, é essencial. O oftalmologista Rogério Farsoni do HOBrasil da Bahia lembra que os pais geralmente têm dois ou três óculos de sol, mas permitem que as crianças saiam de casa sem qualquer proteção ocular. “Os efeitos dos raios ultravioleta UVA e UVB não atingem apenas adultos, são nocivos e acumulativos também para as crianças e os bebês”.

O especialista explica que uso de óculos escuros em crianças muito pequenas é uma questão controversa e explica que, como a criança não nasce com a visão totalmente desenvolvida, o uso frequente de óculos escuros antes dos três anos de idade pode causar alterações nesse desenvolvimento, no que se refere, principalmente  à diferenciação de cores e luminosidade. “Nesses casos, podemos lançar mão da utilização de outras alternativas para criar essa barreira física, como viseira, chapéu com aba larga ou boné”, sugere Farsoni.

Dentre as doenças oculares causadas pelo  excesso de radiação solar, estão o carcinoma da conjuntiva, um tumor maligno que pode atingir a camada superficial do olho; a pinguécula, uma lesão amarelada e pouco elevada que se forma na conjuntiva, próxima à córnea; o pterígio, formação espessa e vascularizada da conjuntiva que avança sobre a córnea; a ceratite, inflamação da córnea; a catarata, a retinopatia solar, lesão na retina causada pela exposição direta dos olhos ao sol por período prolongado; e a degeneração macular, doença degenerativa da retina que provoca perda progressiva da visão central.

De acordo com Farsoni, os pais devem criar o hábito e incentivar os filhos desde a idade apropriada a usar os óculos de sol, uma vez que os efeitos da radiação ultravioleta são cumulativos.

A orientação é usar regularmente óculos de sol, boné, chapéu, protetor solar, e evitar a exposição excessiva ao sol, principalmente entre 10h e 16h. Dr. Farsoni ressalta que é fundamental a consulta ao oftalmologista para orientação sobre a escolha dos óculos escuros para cada paciente e dá algumas dicas:

·         Em primeiro lugar, levar em consideração se os óculos serão usados no dia a dia, na prática de esportes ou na praia. Isso pode auxiliar na escolha do modelo, tamanho da armação, cor e tipo de lente por exemplo

·         Observar se os óculos possuem proteção contra os raios UVA e UVB

·         Adquirir o produto em uma loja de confiança e, que tenha o certificado de origem

·         Levar a criança na hora da compra dos óculos para se ter a certeza do melhor formato para o rosto e conforto para o uso.

Conjuntivite

Praias e piscinas cheias levam ao aumento de casos de conjuntivite no verão.  oftalmologista Farsoni explica que podem surgir três tipos de conjuntivite, que é a inflamação da conjuntiva (membrana transparente que recobre a esclera, ou melhor, o branco do olho) nesta época; a bacteriana, desencadeada pelo contato direto com pessoas contaminadas; a viral que é mais frequente e propagada principalmente em ambientes de grandes aglomerações, ou indiretamente através do contato com objetos (toalhas e lençóis por exemplo) previamente tocados por uma pessoa contaminada; e a conjuntivite alérgica, ocasionada por ácaros ou algo que cause irritação dos olhos, como o cloro da piscina ou o protetor solar, por exemplo.

O médico ressalta que os sintomas mais comuns, dependendo do tipo de conjuntivite são: olhos vermelhos, coceira, secreção ocular, lacrimejamento, aumento da sensibilidade à luminosidade, sensação de areia nos olhos e inchaço das pálpebras. Na bacteriana, a secreção é mais amarelada e abundante e, na viral é mais esbranquiçada e aquosa. “É importante procurar um especialista para a orientação correta de tratamento. Usar um colírio que achou bom, apenas por ter lido sobre ele na internet, pode piorar o caso e trazer mais desconforto”, alerta.

De acordo com o especialista, ao detectar o problema o ideal é manter as mãos limpas, não coçar os olhos, evitar ambientes com muitas pessoas, não compartilhar colírio, toalhas, fronhas ou maquiagem, fazer compressas de água fria e procurar o seu oftalmologista para avaliação e definição da melhor conduta para o caso. Olho seco evaporativo e ceratite, inflamação na córnea que atinge mais pessoas que usam lente de contato, também acometem muitas pessoas no período de calor.

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