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Abacate, o fruto que não sai de moda e oferece saúde

 Brasil cresce sua produção e consumo da fruta nos últimos anos, segunda a Associação Abacates do Brasil

Já faz algum tempo que o abacate é o ingrediente queridinho dos pratos saudáveis. E quem apostou que a moda – que é global, e não apenas brasileira – iria passar rápido, se enganou. Três anos após se tornar estrela dos cardápios, ele ainda continua em alta. E essa evolução do consumo do abacate em todo o mundo põe o Brasil no mapa da produção da fruta ícone das dietas saudáveis, como o terceiro produtor mundial, e crescimento de 16% no volume de exportação de entre 2018 e 2019, o equivalente a 980 milhões de toneladas, segundo dados da Associação Abacates do Brasil. Criada em 2006, a organização representa a cadeia produtiva nacional.

O abacate virou tendência graças às gerações Y e Z que assumiu o fruto como símbolo do estilo saudável de vida. E não era por menos, os benefícios nutricionais são diversos. Primeiro que ele tem boas doses de potássio – mineral importante para prevenir doenças como o AVC -; ajuda a reduzir o LDL (colesterol ruim) e os triglicerídios; é rico em ácidos graxos que ajuda a saúde do coração, além de possuir gorduras boas que são fundamentais para o bom funcionamento do corpo. Sem contar que o abacate é um grande aliado quando o assunto é emagrecimento: ele tem uma boa quantidade de fibras, que ajuda a manter a saciedade e diversos estudos mostram que ingerir abacate regularmente diminui a gordura abdominal.

E não apenas os benefícios para a saúde, o abacate é também um ingrediente democrático: ele cabe em diversos pratos na gastronomia, ou seja, muito além da receita típica brasileira, batido com leite e açúcar. O abacate vai bem em pratos salgados – a moda da hashtag “avocado toast” é a grande prova disso –, saladas e até mesmo frito, como um tempurá. Além disso o abacate cresce também por outro lado: o aumento de pessoas vegetarianas.

Mas engana-se que acredita que existe apenas um ou duas variedades de abacate. Só no Brasil são produzidos sete variedades. A primeira delas é o Avocado Hass, o menor deles, que tem a safra entre fevereiro e setembro, e tem baixo teor de água, porém uma boa quantidade de óleos. Já o Breda, que é produzido entre julho e dezembro, é mais adocidado e tem um equilíbrio de água e óleos. O Fortuna tem safra extensa – entre fevereiro e julho – e é um dos maiores em tamanho, com alta porcentagem de água e baixo de gorduras. O Quintal (safra entre março e julho) também faz parte do time dos frutos maiores: tão por isso tem muita polpa mas é equilibrado em água e óleo, fazendo com que ele seja um dos mais cremosos. O Ouro Verde circula apenas no inverno – sua safra é bem curta, entre julho e agosto – e tem características bem definidas: é macio e ao mesmo tempo firme, e essa textura o faz perfeito para sobremesas. Com bastante personalidade, o Margarida é bem redondinho, tem sua polpa mais amarela e caroço pequeno; seu alto teor de água faz com que ele se encaixa perfeitamente em sucos e vitaminas. Sua safra é dentre julho e novembro. Por fim, o Geada é conhecido por ser o abacate do verão – tem alto teor de água – o que o faz excelente para servir gelado, principalmente em saladas. Fácil de ser reconhecido por não formar pescoço.

Ou seja, o Brasil tem capacidade de ofertar abacate o ano inteiro, oferecendo sabores e texturas diferentes, que cabem em qualquer receita.

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