Testamos o Honda ZR-V Touring

Para nossa viagem a Minas Gerais, estivemos a bordo do Honda ZR-V na versão Touring, que proporcionou uma experiência de direção única ao unir o melhor dos mundos SUV e sedã.

O ZR-V é um SUV médio posicionado entre o HR-V e o CR-V, compartilhando a plataforma do Civic de 11ª geração. Seu design sofisticado e linhas marcantes entregam elegância em cada detalhe, com traços esportivos e curvas agressivas.

Na dianteira, chamam a atenção os faróis Full LED (alto, baixo e luzes diurnas DRL), a grande grade black piano em colmeia e o logo centralizado da Honda — embora tenhamos sentido falta dos faróis de milha.

As rodas de liga leve diamantadas de 17” conferem um visual esportivo, enquanto a traseira conta com spoiler, lanternas em LED com máscara escurecida e um toque de robustez.

Entre os destaques de tecnologia, o ZR-V possui sensor de presença nas maçanetas para destravamento automático e o Honda LaneWatch — assistente que reduz o ponto cego do lado direito. Ao acionar o botão na alavanca de seta, a câmera exibe na central multimídia a faixa lateral, ampliando em até quatro vezes o campo de visão do motorista, o que achei extremamente útil.

A antena em formato shark e o teto solar elétrico agregam requinte ao SUV, mas sentimos falta de um teto solar panorâmico, que daria mais amplitude ao interior.

O porta-malas oferece 389 litros de capacidade, podendo chegar a 1.306 litros com os bancos traseiros rebatidos. Em nossa viagem, conseguimos acomodar duas malas grandes em pé e uma menor sem dificuldade (porém retirando a tampa do porta-malas).

No quesito conforto, o ZR-V se destaca com o interior em dois tons, combinando preto e cinza claro em bancos, painel e apoios de braço, garantindo um acabamento refinado. O espaço interno é amplo, e os bancos dianteiros foram redesenhados para unir a posição de dirigir alta de um SUV com a ergonomia do Civic.

O banco do motorista conta com ajustes elétricos (o do passageiro tem ajuste manual por alavanca), o retrovisor interno é fotocrômico — que escurece automaticamente para evitar ofuscamento — e o ar-condicionado digital Dual Zone permite configurar temperaturas diferentes para motorista e passageiro, acabando com a briga pelo controle do clima.

Em tecnologia, o ZR-V oferece partida por botão Start/Stop, freio de estacionamento eletrônico com Brake Hold, carregador de celular por indução, entradas USB-A e quatro USB-C.

A central multimídia de 9” elevada no console é compatível com Apple CarPlay (via cabo ou Bluetooth) e Android Auto. A câmera de ré tem três ângulos de visão (traseira, angular e de cima para baixo), mas sentimos falta de uma câmera 360°, que ajudaria bastante nas manobras.

O painel de instrumentos digital de 7” é configurável, exibindo velocidade em destaque no centro, consumo de combustível (o ZR-V é exclusivamente a gasolina, onde registramos média de 12,8 km/l na estrada) e velocímetro analógico lateral.

Na condução, o ZR-V entrega suavidade com câmbio CVT, paddle shifts no volante, direção progressiva elétrica (EPS) e modo econômico. O motor 2.0 aspirado garante potência suficiente para ultrapassagens seguras na estrada, dispensando a necessidade do modo Sport.

No geral, nossa experiência com o ZR-V foi bastante positiva. Destacamos como pontos fortes o conforto, espaço interno, ar-condicionado Dual Zone, sistema Honda LaneWatch, retrovisor fotocrômico, assistentes de segurança e ótima conectividade com iPhone via Bluetooth.

Como pontos de melhoria, destacamos a ausência de versão flex, a falta da câmera 360°, faróis de milha e o porta-malas que poderia ser mais espaçoso.