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Será que é isso mesmo? – abuso sexual: saiba identificar

Coach de relacionamento e sexualidade, Margareth Signorelli, aborda tema em artigo

Nos últimos meses temos recebido notícias de mulheres denunciando abusos de médicos, guias espirituais e de pessoas dentro de seus ambientes de trabalhos. Por que elas estão denunciando somente agora, se muitos dos relatos ocorreram anos atrás?

Começou a existir uma união na delação e na revelação de “segredos” que foram guardados a 7 chaves e que, muitas vezes, modificaram e trouxeram sequelas irreversíveis na vida dessas mulheres. Elas perceberam que não foi só com elas que isso aconteceu e que era também uma responsabilidade se manifestarem.

A maioria de nós foi criada para não reagir imediatamente a algo ou à alguma ameaça, diferente dos homens que, em sua grande maioria, estão prontos para agir ou correr ao perigo e ameaça eminentes.

Se pensarmos em um exemplo banal: pise no pé de uma mulher. Até que ela reaja, por alguns segundos se questionará: ‘Será que foi de propósito?’, ‘Será que a pessoa está percebendo que está pisando no meu pé?’, ‘Será que eu coloquei o pé no lugar errado?’.

Agora, pise no pé de um homem e imediatamente ele se manifestará e reagirá.

Mas o que precisa ser mudado em nós? Como não sair por aí gritando e prontas para uma boa briga simplesmente por um pisão no pé? Como saber com certeza a diferença entre um toque mais ousado ou algo que fuja do aceitável?

Em primeiro lugar, saiba que existe uma diferença imensa de um carinho entre duas pessoas que evolui, dá prazer, tranquilidade emocional e é consensual, de algo que é indevido.

Dê ouvidos aos seus instintos e conecte-se com seu corpo e eles lhe mostrarão. Mas, se ainda estiver em dúvida, responda à essas perguntas:

  • Achou esquisito?
  • Energeticamente sentiu que não havia sintonia?
  • Percebeu algo inadequado, mas não tem certeza?

Diga NÃO. Não pare para SE questionar. Questione o outro.

  • O que está acontecendo aqui?
  • Não estou gostando da sua atitude!
  • Não gostei deste toque e deste gesto sem propósito!

Você saberá a contradição entre um elogio, uma gentileza ou mesmo um contato bem-intencionado e um abuso e, na dúvida, não fique pensando:

Será que é?

Questione o outro e diga NÃO.

O máximo que pode acontecer é você ter se enganado, o que é muito pouco provável. Antes o engano do que engolir o que não queria, duvidar de si mesma e levar as consequências, muitas vezes irreparáveis, para sua vida por contado seu silêncio.

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