Por que a anestesia ainda causa medo em muitos pacientes?
Especialista da Rede de Hospitais São Camilo de São Paulo explica por que o procedimento é seguro e essencial para o sucesso das cirurgias
O momento que antecede uma cirurgia costuma vir acompanhado de ansiedade – e, para muitos pacientes, a anestesia é uma das principais fontes desse medo. Afinal, ainda há quem associe o procedimento a riscos, perda de consciência, não acordar e/ou sofrer complicações. No entanto, os avanços da medicina e da tecnologia tornaram as anestesias cada vez mais seguras e controladas.
De acordo com o Dr. Marcelo Queiroz, anestesiologista da Rede de Hospitais São Camilo, é fundamental que as pessoas compreendam o papel do anestesista que, após a graduação em medicina, passa por especialização e após a obtenção do título conferido pela Sociedade Brasileira de Anestesiologia (SBA) em conjunto com a Associação Médica Brasileira (AMB), esse profissional pode obter o registro de qualificação no Conselho Federal de Medicina (CFM). E como especialista seu papel é garantir segurança e conforto ao paciente.
“O anestesiologista acompanha o paciente do início ao fim do procedimento, monitorando constantemente os sinais vitais, o nível de sedação e a resposta do organismo. Nosso objetivo é garantir que o paciente não sinta dor e se recupere bem”, explica o médico.
Mas afinal, o que é mito e o que é verdade quando o assunto é anestesia?
“A anestesia geral é perigosa”Mito. Embora toda intervenção médica envolva cuidados, a anestesia geral é hoje extremamente segura. “Os equipamentos modernos permitem monitorar o paciente em tempo real, e os protocolos são rigorosos. O risco é muito baixo quando o procedimento é realizado por uma equipe treinada e em ambiente hospitalar adequado”, afirma o especialista.
“O anestesista está presente durante todo o procedimento”Verdade. Muita gente acredita que o anestesista atua apenas no início da cirurgia, mas ele acompanha o paciente do começo ao fim. É o profissional responsável por monitorar batimentos cardíacos, respiração, pressão arterial e oxigenação, ajustando continuamente a medicação conforme a necessidade. Esse acompanhamento é o que garante a segurança e o conforto durante todo o processo cirúrgico.
“Existe o risco de não acordar da anestesia”Mito. Esse é um dos maiores medos dos pacientes, mas os casos de complicações graves são raríssimos. O anestesiologista ajusta a dose de acordo com peso, idade, histórico de saúde e tempo cirúrgico, garantindo o despertar seguro e gradual.
“A anestesia causa perda de memória ou sequelas”Mito. Em pessoas saudáveis, a anestesia não deixa qualquer efeito permanente. Pequenos lapsos de memória ou sonolência nas horas seguintes são esperados, mas desaparecem completamente.
“É importante informar o médico sobre doenças e medicamentos”Verdade. O sucesso da anestesia depende da avaliação prévia do anestesiologista. “O paciente deve sempre relatar alergias, uso de remédios e histórico de doenças. Essas informações ajudam a definir o tipo e a dose mais adequada de anestésico”, reforça o Dr. Marcelo.
Mais do que eliminar a dor durante os procedimentos, a anestesia representa um marco de segurança e humanização da medicina moderna. O conhecimento e o diálogo aberto com o anestesiologista são fundamentais para que o paciente enfrente o momento da cirurgia com tranquilidade e confiança.
