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Metade dos brasileiros acessa conteúdo adulto no dispositivo de trabalho remoto

Pesquisa mostra ainda que quase três em cada quatro entrevistados não receberam orientações de cibersegurança para o home office 

Conforme as medidas de isolamento social se prolongam, as vidas profissionais e pessoais dos trabalhadores em home office entram em fusão. De acordo com o recente relatório da Kaspersky chamado “Como o Covid-19 mudou a forma das pessoas trabalharem“, metade (54%) dos brasileiros que trabalham de casa e assistiram a conteúdos adultos admitiram que o fizeram por meio de um dispositivo corporativo. 



O ‘novo normal’ que estes trabalhadores estão enfrentando já começou a impactar suas vidas, tanto a profissional quanto a pessoal: quatro em cada dez brasileiros disseram estar trabalhando mais do que antes. Na mesma proporção, 41% dos entrevistados disseram que aumentaram o tempo gasto com atividades pessoais. Essa mudança, em particular, pode ter ocorrido porque eles não gastam mais tempo no trânsito ou em viagens como antes. 

O relatório revelou ainda que está difícil separar as atividades pessoais das profissionais, especialmente quando se trata de TI. Algo preocupante para as empresas, 54% dos trabalhadores admitiram ter começado a assistir a mais conteúdo adulto desde que passaram a trabalhar em casa. Ainda, admitiram que o fizeram por meio dos dispositivos que usam para trabalhar. Quase um quinto (15%) deles ainda o faz pelo computador da empresa, com 23% admitindo assistir a conteúdo adulto de seus dispositivos pessoais, os mesmos que usam no trabalho. 

Além disso, 78% dos brasileiros dizem que estão lendo mais notícias agora do que estavam antes de começarem a trabalhar de casa. Embora isso seja compreensível, porque as pessoas desejam se manter atualizadas com o desenvolvimento do coronavírus, 53% desta atividade é realizada pelos dispositivos do trabalho. Caso os funcionários não prestem atenção aos recursos ou sites que visitam, isso pode levar a infecções por malware. 

Os funcionários também estão desenvolvendo o hábito de usar seus serviços pessoais para tarefas corporativas – o que aumenta os riscos devido à TI Invisível, ou Shadow IT, que pode incluir o vazamento de informações confidenciais. Por exemplo, 52% dos funcionários usam contas de e-mail pessoais para assuntos relacionados ao trabalho e 55% admitem que seu uso aumenta quando trabalham em casa. Além disso, 51% usam programas de mensagem pessoais que não foram aprovados por seus departamentos de TI, sendo 64% deles com mais frequência neste contexto de isolamento social. 

As organizações não podem simplesmente atender a todas as solicitações dos usuários, como permitir o uso do serviço que eles desejam. É preciso encontrar um equilíbrio entre a comodidade do usuário, a necessidade comercial e a segurança. Para conseguir isso, uma empresa deve fornecer acesso a serviços utilizando como princípios básicos apenas os privilégios mínimos e necessários, a implementação de uma VPN e o uso de sistemas corporativos seguros e aprovados. Esses softwares podem ter certas restrições que reduzem um pouco a facilidade de uso, mas oferecem maiores garantias para proporcionar medidas de segurança“, afirma Andrey Evdokimov, diretor de segurança da informação da Kaspersky

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