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Maternidade após os 40. Prós e Contras desta decisão

Descubra quais são os desafios a enfrentar e os benefícios dessa escolha tardia 

Você tem alguma dúvida de que as pessoas estão demorando mais para ter filhos? A gravidez pós 40 anos atingiu um novo patamar no Brasil e no mundo. O que antes era um medo, por apresentar alguns riscos à saúde da mãe e do bebê, está se tornando comum graças a um maior planejamento dessa fase da vida.

Os números são claros: no Reino Unido, a taxa de gravidez está caindo em todas as faixas etárias – exceto para quem tem mais de 40 anos. Nos Estados Unidos, em 2017, a taxa de natalidade foi a mais baixa em 30 anos, mas mesmo assim cresceu entre as mulheres com mais de 40.

O Brasil segue a mesma linha: de acordo com números divulgados pelo Sistema de Informações sobre Nascidos Vivos do Ministério da Saúde, a taxa de mulheres que deram à luz entre os 40 e os 44 anos de 1998 a 2017 cresceu em 50%.

Enquanto isso, o número de nascimentos de bebês de mães entre 20 e 29 anos caiu 15% no mesmo período. Para completar essa tendência, dados do IBGE também revelam que de 1990 até 2017 aumentou em 42% a quantidade de mulheres que foram mães com 40 anos ou mais.

Em geral, muitos fatores são levados em consideração na escolha da maternidade. Por mais que algumas mulheres prefiram ter seus filhos logo após os 30 anos ou até antes deles, nem sempre outras fases das suas vidas estão em sinergia com essa decisão.

O que queremos dizer é que a fertilidade é um fator muito importante, mas ele não é definitivo. Há que se levar em consideração questões como a perspectiva social, de gênero, demográfica e ainda o planejamento familiar. 

É por isso que uma saída que tem crescido muito entre as brasileiras é o congelamento de óvulos. De acordo com especialistas, o ideal para garantir óvulos saudáveis é que esse procedimento seja realizado até os 35 anos. 

Mas, ainda assim, a procura por esse tipo de serviço gira em torno dos 37. O problema disso é que a paciente precisa se submeter a mais de um ciclo de coleta e o risco disso é que os óvulos não tenham mais a qualidade necessária. 

Segundo um levantamento feito pela BBC News no final de 2018, a procura pelo congelamento de óvulos chegou a ser cinco vezes maior nos últimos cinco anos entre as principais clínicas de reprodução assistida de São Paulo e do Rio de Janeiro. 

Prós

A expectativa de vida da mulher e o seu próprio comportamento mudaram muito, houve um tempo em que uma mulher de 40 já era considerada bem mais velha. Hoje, não. Nós somos educadas para sermos independentes e a colocar a carreira como uma prioridade. 

Os tempos são outros, a nossa vida profissional é outra e o nosso corpo também. Com essas opções em mãos para contornar a diminuição da fertilidade feminina, vimos que é mais do que possível esperar para estruturar uma vida a dois ou até começar uma de maneira independente. 

O mundo tem se mostrado bem menos cruel para as mães em termos de oportunidades, e as facilidades do dia a dia também são muito apreciadas pelas futuras mamães. Foi-se o tempo em que era preciso renovar as peças do guarda-roupas quando ficava grávida, por exemplo.

Já ouviu falar em Kit Extensor para Grávidas? Assim como outras invenções geniais para a maternidade, como o sling, colares que ajudam os bebês a coçarem a gengiva, babá eletrônica e muito mais, essas faixas te ajudam a passar pela gravidez sem mudar o seu estilo e permanecer plena.

Aquela calça favorita continua te acompanhando durante toda a gestação e você não precisa aguentar desconfortos de roupas que não fecham mais. Um item a menos para se preocupar, já que existe muito a aproveitar. Uma mãe mais madura pode pular a insegurança da juventude e se dedicar a esse momento de maneira mais calma e satisfatória. Com uma rede de apoio incrível.  

Contras

Uma gestação com mais de 40 anos vai ser sempre considerada de alto risco? É muito provável que sim, porque a idade faz com que essas pacientes sejam mais propensas às doenças pré-existentes que complicam a gestação como obesidade, hipertensão arterial, doenças da tireóide, diabetes, etc. 

Acima dessa idade também são comuns outros riscos inerentes à própria gravidez, como aborto espontâneo, síndrome de Down, diabetes gestacional, pré-eclâmpsia, parto prematuro, macrossomia, anomalias placentárias, gestação múltipla, natimortalidade e crescimento intra-uterino restrito

Mas, não há motivo para pânico, ainda mais se esse é o grande sonho da mulher. Algumas dicas podem ser importantes para ajudar em uma gravidez de risco.. Hoje, a medicina sabe muito mais do que há anos e todos nós podemos nos beneficiar desses avanços.

Se a mulher já tem alguma condição médica pré-existente deve discutir com o seu médico formas de controlar essa doença na gravidez e entender melhor como isso pode afetar a sua saúde nesse período. 

São nessas conversas que o seu médico pode, inclusive, orientar sobre quais tipos de exames podem ser feitos para identificar outras complicações. Além disso, não esqueça da dificuldade para engravidar naturalmente – ela é agravada se você não tiver óvulos mais jovens congelados.

A verdade é que, por mais que existam riscos, as mulheres podem contar com muitas opções para burlar aspectos muito temidos antigamente. Não existem mais limites para a realização desse sonho da maternidade madura, uma vez que você esteja muito bem orientada e segura. 

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