Castrar ou não o animal de estimação?
Além dos benefícios sociais, o procedimento prolonga a vida dos pets, evita doenças e até parasitas
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Embora cada vez mais em pauta, o tema castração de cães e gatos ainda gera muitas dúvidas entre alguns tutores, principalmente aqueles que acreditam que o procedimento é um sofrimento desnecessário se o pet vive em ambiente doméstico e, portanto, tem menos chance de se reproduzir. No entanto, diferente do que se acredita, a castração não envolve apenas a questão reprodutiva, mas também, e principalmente, o que compete a saúde do animal, como explica o veterinário Jorge Morais, fundador da rede Animal Place.
“A castração é um ato de amor não só por colaborar com a diminuição de animais abandonados, mas também por reduzir a transmissão de parasitas como pulgas e carrapatos ou de doenças transmitidas aos humanos, como a leishmaniose e a leptospirose. Tumores, como os das mamas e infecções de útero, testículos e próstata também se somam a essa lista”, garante o profissional, que ainda explica que os animais castrados costumam viver mais e com melhor qualidade de vida.
A cirurgia pode ser feita em cães e gatos, machos e fêmeas, independente da raça, porém Morais sugere a realização logo após o primeiro cio, quando o animal já chegou a sua maturidade sexual. “O cio ocorre nas fêmeas entre 6 e 8 meses de idade e a maturidade sexual dos machos se dá no mesmo período”, explica. Para realizar o procedimento, o tutor deve procurar uma clínica de confiança com veterinários aptos. “É importante conhecer o local, examinar a estrutura e suas condições de higiene. Vale, também, conversar com outros tutores que já são clientes do estabelecimento e exigir exames pré-operatórios”, indica.
Segundo o veterinário, o check-up pré-cirúrgico deve incluir exames de sangue e eletrocardiograma, no mínimo. “Esses testes servem para atestar que o animal pode ser submetido à cirurgia de forma segura”, alerta. Já no pós-operatório, Morais adverte que os donos devem tomar alguns cuidados, tais como o uso de roupas cirúrgicas ou colar elizabetano, que evitam que o bichinho tenha acesso ao local dos pontos. “O uso de um desses produtos é fundamental, pois o pet pode tentar lamber ou coçar o local da incisão, o que prejudicará a cicatrização”, explica. “Também é preciso ministrar de forma adequada a medicação, já que geralmente são receitados antibióticos, anti-inflamatórios e remédios que evitam a dor. Em caso de mudança de comportamento, é preciso consultar um profissional imediatamente”, finaliza.