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Quantidade de alimento consumida pelos pets é determinante

Quantidade de alimento consumida pelos pets é determinante para uma vida mais longa e saudável

Além de optar por alimentos completos e balanceados, é importante que o tutor se atente à quantidade oferecida, a fim de evitar problemas relacionados ao sobrepeso

A nutrição é um dos pilares da saúde e do bem-estar dos animais de companhia. Oferecer um alimento de qualidade ao pet, respeitando suas necessidades nutricionais, é capaz de evitar doenças e garantir uma vida longa e saudável. Por isso, é importante que os tutores busquem opções completas e balanceadas, principalmente porque, de modo geral, os animais de companhia têm uma única fonte de alimento.

Mas, além do cuidado na hora de escolher a melhor opção, existe outro fator determinante para promover a saúde e longevidade dos pets, e que nem sempre é levado em consideração pelos tutores: a quantidade diária consumida. “Faz parte de uma alimentação equilibrada, além de fornecer um alimento completo, balanceado, de alta qualidade e adequado para fase de vida do animal, oferece-lo na quantia correta. O alimento em excesso pode provocar um desbalanço energético que pode causar doenças relacionadas ao sobrepeso e, inclusive, diminuir sua expectativa de vida”, explica Gustavo Quirino, médico-veterinário que atua na capacitação técnica de nutrição de cães e gatos na Adimax.

Quirino cita um trabalho científico da Universidade de Illinois, em conjunto com as Universidades de Michigan, Cornell, Filadelfia e Pensilvânia, que mostrou que cães que apresentam maior incidência de sobrepeso por não terem um controle nutricional durante a vida viveram 1,5 anos a menos, quando comparados a cães que receberam esse cuidado. Isso porque, quando ocorre o controle da ingestão de calorias, o animal apresenta menor teor de gordura corporal, os sinais clínicos de doenças crônicas são retardados e sua expectativa média de vida aumenta.

Uma consequência comum do excesso de alimento é a obesidade, que se tornou a doença metabólica mais comum em cães e gatos, e tem como principal causa o desequilíbrio provocado pelo consumo elevado de energia fornecida pelo excesso de alimento, associado à baixa atividade física. E uma vez que os animais domesticados não escolhem o que comer, o responsável por esse desequilíbrio, mesmo involuntariamente, é o tutor.

É importante destacar que não apenas o alimento principal deve ser considerado quando se trata da quantidade recomendada, mas também quaisquer outros fornecidos ao longo do dia. “Isso inclui as opções próprias para os pets, como sachês e petiscos, geralmente oferecidos como um agrado ou recompensa após atenderem a um comando ou por bom comportamento, e ainda frutas e vegetais, desde que estejam entre as opções que eles podem comer”, alerta o médico-veterinário.

Caso o tutor tenha dúvidas, Quirino explica como é simples identificar a quantidade diária recomendada de acordo com o porte, a idade e o peso do animal. E reforça que oferecer o alimento ideal para cada momento a fase da vida é fundamental, uma vez que as necessidades nutricionais mudam conforme o perfil do pet: “Nas embalagens dos alimentos os tutores encontram as orientações sobre a quantidade diária para seu animal, que deve ser fracionada em duas ou três refeições, conforme sua rotina. Além disso, é importante respeitar também a orientação de consumo feita pelo médico-veterinário de confiança”.

Vale destacar ainda que a atividade física é tão importante quanto a nutrição na rotina dos animais. Os passeios diários e as brincadeiras contribuirão para o bem-estar físico e mental do pet e farão dele um animal mais saudável e feliz.

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