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Administração de Fernando de Noronha intensifica prevenção contra o Aedes aegypti

 

A superintendência de saúde do Distrito Estadual de Fernando de Noronha intensificará ações preventivas na ilha contra o mosquito Aedes aegypti, transmissor da Dengue, Chikungunya e Zika VírusAtravés de sua Vigilância em Saúde do arquipélago serão instaladas Ovitrampas (OVT-S), armadilhas que simulam o ambiente de procriação do inseto, em todos os prédios públicos de Noronha, pousadas e residências das Vilas do Trinta, Floresta Nova, Floresta Velha e Remédios. A Administração Distrital também ampliará para duas vezes por semana a soltura de machos estéreis no bairro da Conceição.O trabalho é desenvolvido em parceria com o Centro de Pesquisas Aggeu Magalhães (CpqAM), a Fiocruz Pernambuco.

As ovitrampas simulam o ambiente ideal para a procriação do Aedes aegypti através de um vaso de plástico de cor preta preenchido com água. Nele, são inseridas duas palhetas de madeira, que facilitam a postura dos ovos e o larvicida biológico BTI, indicado para áreas de preservação ambiental. O material permite a retirada e contagem desses ovos do ambiente. O ciclo de monitoramento é de 30 dias. No período de maio de 2016 a abril de 2017 foram enviadas 714 palhetas ao Departamento de Entomologia do Aggeu Magalhães no Reciferesponsável por computar os dados. Foram retirados de Fernando de Noronha mais de 77 mil ovos.

Nós temos hoje 103 ovitrampas distribuídas em pontos estratégicos de Noronha, esse número passará para 216 com a instalação das armadilhas nos prédios públicos. Quando dermos início as instalações em pousadas e vilas da ilha é provável que esse número dobre ou triplique, o que trará maior eficácia ao nosso trabalho. A expectativa é que erradiquemos o mosquito do arquipélago”, disse o Gestor da Vigilância em Saúde, Fernando Magalhães.

A ampliação das solturas de machos estéreis na ilha é mais uma forma de diminuir a população do mosquito em Noronha. Passará de 1 para 2 vezes por semana a liberação desses insetos na Vila da Conceição. Cada soltura libera no ambiente cerca de 4 a 5 mil machos estéreis. Esses mosquitos são produzidos no insetário da Fiocruz e passam pelo Irradiador Gammacel, do Departamento de Energia Nuclear da UFPE (DEN/UFPE), cuja fonte radioativa é o Cobalto 60. a fêmea do mosquito costuma ficar disponível para acasalar apenas uma vez ao longo de sua vida, o cruzamento com machos estéreis acaba impedindo a reprodução. De maio de 2016 a fevereiro de 2017 de 20% a 55% dos ovos contabilizados em Noronha estavam inviáveis.

Desde de maio do ano passado não contabilizamos nenhum caso de doenças transmitidas pelo Aedes aegypti, as arboviroses. Esses indicadores nos mostra que todo trabalho de prevenção é eficaz. Inclusive o não adoecimento nos permite investir o dinheiro público na melhoria da assistência. Pretendemos, em um segundo momento, expandir a instalação de ovitrampas para todas as residências de Noronha, a população receberá todo o material. Precisamos que sejam vigilantes junto conosco, principalmente na questão do cuidado com os entulhos nas casas, que muitas vezes se tornam foco de procriação”, explicou a superintendente de Saúde da ilha Rebeca Duarte. 

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