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Ronco pode ser tratado pela fonoaudiologia

A novidade é a terapia fonoaudiológica que com 1 mês de tratamento já surte resultados satisfatórios

 

Estima-se que na população geral 27% dos homens e 18% das mulheres ronquem. Este índice aumenta consideravelmente após os 40 anos, com a prevalência de 36% nos homens e 24% nas mulheres. Como uma das medidas para tratar o problema, a fonoaudióloga Ana Lúcia Duran, da Clínica Zambotti & Duran da capital paulista explica como a terapia fonoaudiológica pode solucionar esse incômodo.

 

Essa possibilidade de tratamento é novidade na área da saúde para os roncadores e vem demonstrado resultados muito satisfatórios melhorando alguns sintomas e promovendo melhor qualidade de vida. “Trata-se da terapia fonoaudiológica que através de exercícios específicos adequam o tônus muscular dos orgãos fonoarticulatórios e estabelecem o padrão adequado de respiração”, conta Ana Lúcia.

 

A fonoaudióloga explica que tempo deste tratamento, quando indicado, depende da adesão do paciente na realização dos exercícios e na mudança de hábitos prejudiciais, mas em geral quando seguem adequadamente as orientações, observam-se resultados muito positivos após 1 mês de terapia fonoaudiológica.

 

Ana explica que o ronco ocorre porque durante o sono os músculos da faringe e da língua relaxam como todos os outros músculos do nosso corpo, porém em alguns casos esse relaxamento causa uma obstrução das vias respiratórias, diminuindo o fluxo de ar e produzindo uma vibração ruidosa que conhecemos como ronco. “Além do incômodo que esta situação possa provocar ao companheiro de quarto, é algo muito sério em termos de saúde geral, pois é possível que haja pausas respiratórias, diminuição da oxigenação cerebral e pequenos ‘despertares’ que embora inconscientes alteram significativamente a qualidade do sono, resultando em indivíduos sonolentos e com tendência ao baixo rendimento em suas funções no dia seguinte”, diz.

 

Em paralelo, outros tratamentos podem ser necessários e ainda variar de acordo com cada caso, que vão desde a adoção de medidas comportamentais como evitar dormir em decúbito dorsal (barriga para cima), não ingerir bebidas alcoólicas e redução de peso corporal e até medidas mais invasivas como o uso de aparelhos intra orais que reposicionam a mandíbula e a língua e, em algumas situações, é necessário o procedimento cirúrgico.

 

A especialista lembra ainda que para um bom diagnóstico deste problema é necessária avaliação otorrinolaringológica complementada por um exame de polissonografia (monitorização do sono com análise de vários parámetros fisiológicos).  “Só a partir daí devem ser tomadas medidas de intervenção adequadas”, diz Ana.

 

 

FONTE: Ana Lúcia Duran

Fonoaudióloga clínica (graduada pela EPM/UNIFESP) e educacional (autora e atuante em Projeto de estimulação precoce e de prevenção de Distúrbios de Linguagem reconhecido e premiado em anos consecutivos).Pós graduada em Psicomotricidade. 

www.zambottieduran.com.br

 

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