Riscos da arritmia cardíaca: Quando se preocupar?
Cardiologista do São Cristóvão Saúde comenta sobre a doença, que atinge mais de 20 milhões de pessoas no Brasil
De acordo com dados da Sociedade Brasileira de Arritmias Cardíacas (SOBRAC), a doença, caracterizada por um distúrbio no ritmo cardíaco, afeta cerca de 20 milhões de pessoas no Brasil, sendo o motivo de mais de 320 mil mortes súbitas ao ano, no país.
“O coração bate em ritmo regular”, resume Dr. Fernando Barreto, cardiologista e diretor médico assistencial do São Cristóvão Saúde. A frequência dos batimentos cardíacos depende da atividade que o indivíduo está realizando, se está em repouso ou em exercício e é medida pelo número de contrações do coração, por uma unidade de tempo, geralmente por minuto. De acordo com o especialista, o normal da frequência cardíaca, em média, é de 60 a 100 batimentos por minuto (b.p.m.). “A arritmia se caracteriza quando o ritmo não está regular e/ou a frequência cardíaca está acima de 100 ou abaixo de 60 b.p.m., podendo ser benigna ou requerer investigação e tratamento adequados”, esclarece.
Ainda segundo o SOBRAC, existem vários tipos de alterações do ritmo cardíaco, sendo as mais comuns a taquicardia, quando o coração bate rápido, e a bradicardia, quando as batidas são muito lentas. Como alerta, é importante conhecer os sintomas, que vão desde uma sensação de palpitação, até tontura, mal-estar e desmaio. O médico cardiologista enfatiza que, em alguns casos, a palpitação pode ser consequência de um momento de estresse passageiro, voltando a frequência cardíaca espontaneamente ao normal, não sendo necessário nenhum tratamento. Sendo assim, a percepção é muito individualizada.
“São dois tipos de tratamento: medicamentoso, com comprimidos ou medicação na veia, ou através de um procedimento de ablação da arritmia, sendo este realizado em serviço de hemodinâmica, após avaliação e indicação do cardiologista”, explica Dr. Fernando.
Além disso, na maior parte das vezes, as arritmias são benignas. Contudo, em alguns casos, podem levar a consequências como derrame cerebral (AVC) ou até mesmo à morte, nos casos das arritmias mais graves – embora sejam exceções.
Busque auxílio médico caso sinta os batimentos do coração mais acelerados, lentos ou irregulares, mesmo em repouso. Desse modo, o especialista poderá identificar, por meio de exames como o eletrocardiograma (ou ECG), a existência de arritmias cardíacas, infarto do miocárdio ou bloqueios do sistema de condução cardíaco.