Compartilhando Nossa vitória com o transplante renal
Usualmente compartilhamos com vocês indicações de lugares e coisas legais para fazer
Mas desta vez queremos compartilhar a vitória de uma longa batalha, afinal nem todos os nossos dias são bons e passamos por muita dificuldade.
Em maio deste ano, no meio de uma consulta no dentista, a Nete passou mal e tive de levar às pressas para o Hospital São Luís.
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Ela chegou inconsciente e após vários exames, houve o diagnóstico de falência renal. No dia seguinte foi feito uma cirurgia de emergência para colocação de cateter na veia jugular e depois já começou a fazer hemodiálise.
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A hemodiálise debilita bastante a pessoa, derruba a pressão depois da sessão e a Nete fazia 3x por semana por 3h30. Acho que só quem passa por isso, entende como é difícil.
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Dois meses depois, descobrimos ser possível realizar transplante de rim entre vivos e iniciamos com um médico (que não vale a pena nem citar o nome devido à tanto descaso e problemas) os exames de compatibilidade.
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A mãe da Nete quando soube, quis muito ser ela a doadora e com muitas orações, sim, ela foi a mais compatível.
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Com os resultados em mãos, esse médico cobrou R$ 150 de todos (pai, mãe, irmão e eu tb fiz) que fizeram a prova cruzada para “fazer uma consulta” e informar quem seria o mais compatível (estranho né, pois é). Só que a consulta propriamente dita não foi feita, sendo realizada apenas uma videochamada com a Nete e informando quem foi o mais compatível. Os demais, que pagaram, nem contato tiveram – ou seja R$ 600 facil né. E ainda tiveram a cara de pau de falar que entraram em contato. Fora o tempo que todo mundo deixou reservado aguardando a “tal consulta”.
Depois enrolou 2 semanas para informar os próximos passos (que pasmem! eram exames para verificar como estava a saúde da mãe da Nete) e quando questionamos, “se doeu” por reclamarmos do péssimo atendimento da equipe dele. Até a pessoa que coordena o atendimento (que descobrimos depois ser esposa dessa pessoa) falar que não iam prosseguir com o transplante.
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Mas ainda bem que existem vários médicos especializados em transplantes (diferente do que certas pessoinhas pensam que são únicas) e com indicação do enf. Daniel (que trabalha na clínica de hemodiálise) ele recomendou agendarmos uma consulta com sua profa., Dra. Irene Noronha, que foi muito atenciosa nos orientou e prosseguiu com o processo do transplante.
Nesse meio tempo, mês sim, mês não, o cateter dava problema. Ao todo foram 6 cirurgias com anestesia geral (visto que o cateter é colocado na veia jugular e fica dentro do coração) para a troca do cateter e em algumas vezes teve de trocar de lado (do direito para o esquerdo).
Setembro era o grande mês, mas poucos dias depois do aniversário da Nete, mas o cateter resolveu entupir e deu trombose nas veias. Foram feitas duas cirurgias, uma para retirar o cateter e colocar na femural e no dia seguinte uma cirurgia bem grande para remoção dos trombos (onde houve duas paradas e conseguiram tirar 50% dos trombos). Ainda bem que tivemos um excelente acompanhamento do médico vascular Dr. Moacir Porciúncula.
Nos meses seguintes foram vários exames de sangue e acompanhamento com medicamentos para não dar mais tromboses e reduzir os que restaram.
Na angiotomografia realizada em novembro, tivemos o resultado de que não havia nenhum resquício de trombose 🙏🏻.
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A internação delas foi realizada no dia 02/12 na BP e este seria o último dia de hemodiálise, que foi com emoção, o cateter não estava funcionando muito bem.
O transplante foi realizado dia 03/12 bem cedo e demorou cerca de 4 horas.
Deu tudo certo 🙏🏻 e houve uma rápida recuperação tanto da Nete quanto da mãe dela. Já tivemos alta e estamos em casa.
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Foram várias enfermeiras, técnicas, fisioterapeutas e nutrição então queremos agradecer muito à todos do Hosp São Luiz Anália Franco (em especial ao Dr. Flávio, Dra. Angélica, Nália, Natália) e BP (Alessandra e Ariadine), à equipe da Dra. Irene Noronha, Dr. Mario e Dr. Mauricio (urologistas) e ao Dr. Moacir por todo o cuidado e apoio nesta jornada.