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Capelas dos Ossos: monumentos sinistros do Alentejo

Turismo do Alentejo

 

Construções da região portuguesa criam reflexões sobre a transitoriedade da vida

A data mais macabra do ano está se aproximando. No dia 31 de outubro comemora-se o Dia das Bruxas, mas não foram bruxas que construíram a Capela dos Ossos, um dos monumentos mais sinistros do Alentejo, a maior região de Portugal.

Na verdade, embora a atração seja inquietante e um pouco assustadora, ela foi idealizada por três frades franciscanos no século 17, que queriam fazer os visitantes refletirem sobre a transitoriedade e fragilidade da vida. Localizada em Évora, na Igreja de São Francisco, tem suas paredes e pilares revestidos de milhares de ossos e crânios reais retirados de cemitérios.

Na entrada, a mensagem é clara: “Nós ossos que aqui estamos pelos vossos esperamos”. Além dos ossos, o lugar também está decorado com estátuas religiosas, uma pintura renascentista e um teto abobadado, com afrescos que representam várias passagens bíblicas ligadas à vida e à morte.

Muito conhecida e procurada pelos turistas, a Capela dos Ossos de Évora não é a única construção do tipo na região portuguesa. A cerca de uma hora dali, em Monforte, há outro exemplar consideravelmente menor. Situada junto à igreja matriz da vila, tem apenas 4,3 metros quadrados, mas é igualmente interessante.

Já a Capela dos Ossos de Campo Maior, quase na fronteira com a Espanha, é quase tão grande quanto a de Évora. Esta foi construída no século 18, após uma tragédia da cidade em que cerca de dois terços da população padeceu. Os ossos utilizados eram das vítimas desta fatalidade.

 

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