14 erros comuns que os brasileiros cometem em inglês
Bruno Gagliardi, CEO do Centro Britânico, dá dicas de como evitar alguns equívocos na língua inglesa e como adquirir fluência no idioma
Durante o processo de aprendizagem da língua inglesa, frequentemente os brasileiros cometem alguns erros que, na maioria das vezes, tem o idioma materno como influência, no caso o português. “Essa influência faz com que muitas pessoas cometam certos tipos de erros que são altamente previsíveis”, explica Bruno Gagliardi, CEO do Centro Britânico Idiomas. Para isso, ele exemplifica 14 situações e dá dicas para evitá-los.
- Traduzir ao pé da letra expressões que existem em português mas que não existem em inglês
Um bom exemplo é “make beautiful” que é usado quando se quer dizer “vamos fazer bonito”, quando na verdade essa expressão não se usa em inglês com esse sentido.
- Falsos cognatos
Algumas palavras em inglês são semelhantes ao português. Um bom exemplo disso é o famoso “push” que encontramos nas portas dos estabelecimentos. O que costumamos fazer? Puxar a porta, certo? Errado! O certo é empurrar a porta, porque “push” na verdade significa empurre. Se precisamos puxar alguma coisa, o termo é “pull”.
- Uso de “nothing” ao invés de “anything”
No português costuma-se negar duas vezes ao dizer por exemplo: “eu não sei de nada”, e ao se falar em inglês habitualmente se diz: “I don’t know nothing”, quando na verdade deveria ser dito “I don’t know anything” para que se tenha o mesmo significado.
- Confundir palavras com grafias similares
No inglês há palavras que têm grafias muito similares, mas com significados e pronúncias diferentes que às vezes causam confusão, como por exemplo, “desert” e “dessert”. O primeiro significa deserto e o segundo, sobremesa.
- Não saber a grafia das palavras ou escrever como se fala
No português há semelhança muito mais próxima que o inglês entre o registro escrito e o falado. Essa característica do inglês (a diferença entre a forma como se escreve e a forma como se pronuncia) faz com que se traga uma dificuldade a mais para o estudante. Uma dica é compreender a fonética das palavras e isso é algo que o Centro Britânico proporciona. Um exemplo é a palavra “country”, cuja pronúncia é “cântry”.
- Confundir o verbo “haver” com “to have”
No português “haver” tem sentido de existência, porém, em inglês usa-se o verbo “there is” para existência no singular, “there are” no plural e “have/has” para posse.
- Esquecer o “s” na terceira pessoa
Um erro muito comum dos brasileiros é esquecer que os verbos na terceira pessoa do singular (he, she ou it) levam um “s” final, ou seja, “I work”, “she works”.
- Esquecer das irregularidades dos verbos em inglês
Os verbos em inglês, assim como em português, são regulares e irregulares, por isso é preciso tomar muito cuidado para não se conjugar todos eles como se fossem regulares, uma vez que não o são. Há verbos que, no passado, ganham o acréscimo de “ed” (“talk-talked” “work-worked”). Porém, há um número razoável de verbos que é irregular, ou seja, tem a sua estrutura completamente alterada quando conjugadas no passado (exemplos “go-went” “eat-ate”.
- Uso excessivo do verbo “to be”
A primeira coisa que se aprende na escola é o verbo “to be” e, às vezes, pensa-se que é preciso usá-lo sempre, já que estamos mais familiarizados com ele. Porém, a grande maioria das frases em inglês pode não ter o verbo “to be”, mas sim outro auxiliar, como “can” ou “do”.
- Troca de adjetivos
O normal na língua inglesa é que os adjetivos venham antes dos substantivos (exemplo: girl – garota / substantivo e beautiful – bonita / adjetivo). Ao se formar a frase, coloca-se o adjetivo antes do substantivo: “She is a beautiful girl”.
- Pronúncia do “h”
No português o “h” tem som mudo, ou seja, não é pronunciado. No inglês ele pode ter som de “r”, portanto, a palavra “have” se pronuncia “rave” e não “ave”, como faríamos no português.
- Querer a tradução literal de todas as palavras do inglês
Não é possível fazer tradução literal de algumas expressões do inglês, por isso aconselha-se não confiar somente no Google tradutor. Não temos por exemplo uma tradução para a palavra “saudade”. Temos uma expressão equivalente a “eu sinto a sua falta” que é “I miss you”.
- Confundir os verbos “make” e “do”
No inglês, embora os verbos “make” e “do” possam ser traduzidos como “fazer”, no português são usados em contextos diferentes. Dizemos “make lunch” (fazer o almoço) e antes de dormir “do your homework” (fazer a lição de casa). A dica aqui é associar o verbo com os complementos (make – breakfast, lunch, dinner, time, etc; do – homework, exercise, yoga, a test, etc).
- Não usar um dicionário (de preferência unilíngue para que você possa aprender melhor)
Quando se aprende uma língua nova, ao se deparar com uma palavra desconhecida e que não se compreende pelo contexto, o erro é ter receio de utilizar um dicionário. No começo quando não se domina o idioma, pode-se usar um dicionário bilíngue (inglês-português). Na medida que for avançando no aprendizado, é de suma importância que seja utilizado um dicionário unilíngue (inglês-inglês), para que possa aprender os significados apresentados em inglês e não na língua materna.