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Vinho pode ajudar na recuperação do olfato

Um grupo de pesquisadores alemães, referência em tratamentos de distúrbios do olfato, desenvolveu pesquisas com uma técnica chamada smell training (treinamento do cheiro,em português:) que usa a bebida como aliada

Quem já provou vinhos certamente conhece a importância da olfação para a degustação. Mas muitos não fazem ideia que a bebida pode ser uma aliada no tratamento de uma das sequelas causada pela COVID-19: a perda do olfato. Segundo o oncologista Higor Mantovani, do Grupo SOnHe – Sasse Oncologia e Hematologia, a atual pandemia forçou todos a aprender sobre diversos temas que não fazem parteda prática diária. E com os médicos não foi diferente.

“Muitos dos nossos pacientes se encaixam como grupo de risco para a afecção da COVID-19 e, portanto, cabe a nós orientá-los sobre as diversas situações que permeiam este assunto. Tivemos acesso aos dados de um grupo de pesquisadores alemães, referência em tratamentos de distúrbios do olfato, que desenvolveu pesquisas com uma técnica chamadasmell training (em português: treinamento do cheiro), utilizando a bebida para ajudar na recuperação do olfato”, conta o médico. 

A disfunção respiratória é, de todas a consequência da infecção pelo coronavírus, a mais temida. Entretanto, a doença pode cursar com sintomas e até sequelas não tão usuais como é o caso da perda de olfato. De 10 a 15% dos infectados pelo vírus poderão ter perda de olfato (conhecida tecnicamente como anosmia) por algum período. Em alguns casos, essa condição pode se estender e se tornar inclusive uma sequela.“Utilizar osmell training – que consiste no ato de cheirar substâncias que possuem um cheiro forte e marcante como vinhos, café, mostarda, perfumes, produtos de limpeza, entre outros, com os olhos vendados para não poder para identificá-las com a visão– pode, sim, auxiliar na recuperação pós-COVID. Segundo os dados dos pesquisadores alemães, o desempenho dessa prática de maneira periódica e repetitiva mostrou impacto positivo na recuperação da anosmia por diversas causas, entre elas após infecções virais.Por isso, esta modalidade foi recentemente introduzida num guideline britânico de rinologia como uma das práticas para manejo dos distúrbios do olfato relacionados ao coronavírus”, explica Higor que tem indicado a prática para seus pacientes afetados pela doença. 

Para quem gosta, o hábito de beber e degustar vinhos é, sem sombra de dúvidas, muito agradável e prazeroso. E de acordo com o oncologista, quando feito com moderação e respeitando as condições de saúde de cada indivíduo, pode ser estimulado e praticado.

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