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Homens roncam mais que mulheres? Saiba por que o distúrbio tem mais influência sobre o sexo masculino

 

Posição ao dormir e obesidade são algumas das causas associadas ao ruído durante o sono

Encarado por muitos como algo sem importância, na verdade, o ronco é um alerta do organismo de que algo não está bem. Considerado um distúrbio respiratório, atinge entre 30% e 40% dos adultos, sendo mais frequente nos homens por conta de algumas diferenças fisiológicas e biológicas entre o corpo feminino e masculino. Segundo a Associação Brasileira do Sono, o ronco afeta aproximadamente 24% dos homens e 18% das mulheres.

O ronco não afeta apenas a própria pessoa, mas também quem está ao lado e não consegue dormir por conta do ruído. De acordo com a Consultora do Sono da Duoflex, Renata Federighi, existem dois tipos de ronco: o posicional e o rítmico. “O primeiro produz o mesmo som ao longo da noite e costuma ser benigno. Já no rítmico, o barulho é crescente e decrescente com intervalos de silêncio. Esse caso merece atenção médica, pois pode ser sinal de alerta para a síndrome da apneia do sono, patologia caracterizada pela parada respiratória com duração de pelo menos dez segundos”, explica.

Ainda de acordo com a especialista, umas das principais causas de incidência do ronco é a posição de dormir. “Deitar de barriga para cima não é recomendável, portanto é importante criar o hábito de utilizar outras posições. A melhor postura para dormir é lateral, mantendo o pescoço ereto e a coluna cervical alinhada, de forma que o fluxo de ar não seja interrompido durante o sono”, esclarece.

Outra causa comum é a obesidade. No caso dos homens, a tendência é engordar em torno do pescoço e da barriga, o que contribui de forma significativa para que o ronco seja frequente e até adquira um ruído mais alto. “Quando se está dormindo, os músculos em torno da traqueia não suportam a gordura ao redor do pescoço. Ao deitar de costas, o tecido adiposo aumenta a pressão sobre as vias aéreas, bloqueando-as e provocando o ronco”, comenta Renata. O consumo de álcool e o uso de calmantes também podem ter influência, pois relaxam o músculo da faringe.

O tratamento do ronco pode ser feito de duas formas. Nos casos mais avançados, recomenda-se procurar orientação com profissionais para um diagnóstico mais preciso. Para os casos iniciais, a mudança de posição pode ser suficiente. “A reeducação postural do sono é importante, pois o indivíduo aprende a dormir corretamente. Na posição lateral, a mais recomendada, é aconselhável sempre se dormir com dois travesseiros, sendo um para apoio da cabeça, em uma altura que se encaixe perfeitamente entre ela e o colchão, formando um ângulo de 90 graus no pescoço. E outro entre os joelhos, que deverão estar preferencialmente semiflexionados”, orienta a consultora.

 

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