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Tutores de primeira viagem: O que você precisa saber ao adotar um pet

Informações sobre alimentação, rotina e os primeiros cuidados com cães e gatos são essenciais para adaptação ao novo lar

Adotar um pet é um ato de amor. Além de transformar a vida de um animal que muitas vezes veio de uma situação de abandono ou vulnerabilidade, essa decisão marca uma nova etapa repleta de descobertas, alegrias e responsabilidades. No entanto, para quem está vivenciando essa experiência pela primeira vez, é natural sentir-se inseguro diante de tantos detalhes que envolvem o bem-estar do novo companheiro.

A chegada de um cão ou gato ao novo lar requer mais do que carinho: exige preparação, paciência e conhecimento. Desde a escolha da alimentação ideal até o momento certo de iniciar as vacinas, passando pela criação de uma rotina e pela escolha dos primeiros petiscos, cada decisão influencia diretamente na adaptação do pet e na construção de um vínculo saudável com o tutor.

“Quando um animal é adotado são muitas mudanças ao mesmo tempo: novo ambiente, nova rotina, novos cheiros, novas pessoas. Cabe ao tutor oferecer segurança, acolhimento e respeitar o tempo do pet nesse processo de adaptação”, afirma Bruna Isabel Tanabe, médica-veterinária e gerente de produtos da Pet Nutrition.

Pensando em auxiliar os tutores de primeira viagem, a especialista reuniu orientações práticas para uma adaptação tranquila.

Alimentação: transição suave e nutritiva

Nos primeiros dias, manter a alimentação que o pet já estava recebendo evita desconfortos. A mudança para uma nova ração que atenda as demandas específicas do pet deve ser feita seguindo a orientação do médico-veterinário e de forma gradual. “A transição alimentar deve ser feita aos poucos, misturando as rações por pelo menos uma semana para não causar problemas digestivos”, orienta a profissional.

Adaptação: ambiente seguro e respeito ao tempo do pet

É comum que o novo membro da família esteja assustado ou inseguro. Criar um cantinho tranquilo e acessível, com caminha, potes e brinquedos, ajuda nesse processo. Cada animal tem seu próprio tempo para se sentir seguro. É importante evitar forçar contato físico e permitir que ele explore o espaço no ritmo dele.

Rotina: previsibilidade é conforto emocional

A construção de uma rotina clara é um dos pilares do bem-estar animal. Alimentação, passeios (para cães), atividades e descanso devem seguir horários consistentes. A previsibilidade reduz a ansiedade e melhora o comportamento.

Vacinação e primeiros cuidados

Um dos primeiros passos após a adoção é agendar uma consulta veterinária. Nela, o tutor receberá orientações sobre vacinação, vermifugação, alimentação e prevenção de parasitas. “Mesmo que o pet venha com um cartão de vacinação, é importante que um profissional avalie se o protocolo está completo e adequado para a idade”, alerta a profissional.

Petiscos: aliados no vínculo e no aprendizado

Os petiscos são ferramentas poderosas para ajudar o animal a associar o novo lar a experiências positivas. Oferecer um snack em momentos tranquilos, como ao explorar um cômodo novo ou após um carinho, ajuda o pet a entender que aquele ambiente é seguro e acolhedor”, explica Bruna. Os petiscos também são excelentes para reforço positivo durante treinos básicos e para fortalecer o vínculo entre tutor e animal. A dica da especialista é utilizar os snacks para momentos específicos de interação: : “Quando usados com intenção, eles se tornam um recurso valioso no processo de adaptação e aprendizado”.

Cuidado e paciência constroem vínculos duradouros

Os primeiros dias exigem paciência e dedicação, mas com informação e empatia, a adaptação se torna uma experiência rica e agradável para o tutor e transformadora para o animal. “O vínculo entre tutor e pet começa no respeito às necessidades do outro. Quando esse olhar cuidadoso está presente desde o início, o resultado é uma convivência carinhosa, feliz e harmoniosa”, conclui a especialista.

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