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Sem beijo na boca, as Lives de sexo se tornam o novo normal

Em isolamento social, casais liberais contam como é fazer surubas online e demonstrações sensuais no Sexlog

As lives nas redes sociais tomaram conta da internet nos últimos meses, mas algumas ganham destaque por serem mais ousadas que as outras. Confinados em casa, os casais, sejam adeptos do swing e ménage ou aqueles que buscam a satisfação sexual sem tabus, precisaram adaptar seus fetiches e fantasias ao novo normal, sem deixar de lado o prazer e a segurança. O Sexlog, maior rede social adulta do Brasil, viu o número de assinaturas crescer durante o último trimestre e, a cada dia, recebe uma enxurrada de nudes, lives exibicionistas e vídeos sensuais.

Uma das frequentadoras assíduas do site é Janaína (34). Ela e o marido estão juntos há oito anos e, depois de uma experiência com ménage feminino, decidiram que estava na hora de se aventurar no Sexlog e ampliar seus contatinhos. De lá pra cá, já se passaram cinco anos, mas ela confessa que, durante a pandemia, eles começaram a interagir muito mais por lá. “Nos últimos três meses, nós temos acessado o Sexlog todos os dias. Por mim, eu faria lives todos os dias. Me sinto muito bem me exibindo para meus amigos de lá”, conta.

Janaína e o marido são dois entre os 13,1 milhões de clientes da rede. E é lá que eles se sentem à vontade para realizar suas performances sexuais sem medo de julgamentos e interagindo com outros adeptos do sexo liberal. “Apesar de estarmos nós dois ali, a gente tem que dar atenção para quem está assistindo. Os outros perfis mandam mensagens, até alguns pedidos. A experiência é agradável pra quem está praticando e para quem assiste”, diz Janaína.

Como outras mais de 600 mil pessoas que aproveitaram a quarentena para se aventurar e colocar em prática alguns fetiches que antes habitavam só a imaginação, Josias* (48) e Cris* (30) decidiram, depois de 10 anos de relacionamento, que era hora de reinventar o sexo do casal. Eles sempre tiveram curiosidade a respeito do sexo liberal e tudo o que envolve o swing, mas foi há oito meses que tiveram a coragem definitiva de se cadastrarem no Sexlog e começaram a se aventurar por lá. Hoje, eles dizem acessar os conteúdos todos os dias. “Às vezes, nós entramos até mais de uma vez por dia. Mas fazemos nossas lives, pelo menos, uma vez por semana”.

Aceitação e auto-estima

Isis* (25) está com seu parceiro há uma década e conta que o interesse em participar do Sexlog partiu dele. “Ele sempre foi mais desinibido com essa questão, mas com o tempo eu me interessei também. Hoje, fazemos uma ou duas lives por semana”. conta.

Além de curtirem o exibicionismo, Ísis e Janaína têm em comum o fato de terem melhorado sua auto-estima depois de começarem a frequentar o Sexlog. “A gente recebe muitos elogios quando postamos algum nude, ou quando estamos no vídeo. Por vezes, me olho no espelho e penso que não sou tudo isso. Mas, logo penso de novo ‘Sou sim, está todo mundo dizendo’, a gente passa a se valorizar mais quando é elogiada”, conta Ísis.

Janaína revela que sempre teve vergonha do próprio corpo, mesmo com os elogios do marido, ela não acreditava que era sexy e que atraía os olhares das outras pessoas. “Depois que passei a fazer as lives, eu vi que eu era realmente sensual, como meu marido falava. Recebo tantos elogios que minha auto-estima foi parar lá em cima”.

Sem medo de ser feliz

Josias, Cris, Janaína e Ísis são só alguns dos exemplos de quem resolveu deixar o tabu de lado e passou a priorizar seu prazer sem dar ouvidos a julgamentos e críticas. 

Para a diretora de marketing do Sexlog, Mayumi Sato, ter uma cabeça aberta é o primeiro passo para usufruir de todo o conteúdo que a rede oferece e fazer parte da maior comunidade de Swing do Brasil. “Assumir seus desejos é o primeiro passo para ter uma experiência positiva no site. Quem quer começar a postar conteúdo sensual ou participar de um swing pode dar o primeiro passo assistindo aos mais de 11 terabytes de vídeos e fotos que existem no site. São vídeos e fotos para todos os gostos e, conforme a pessoa assiste, vai percebendo que lá todos os seus fetiches têm espaço”.

Josias, que consome diariamente o conteúdo na companhia da esposa, dá dicas para quem quer começar. “Seja verdadeiro. Com você, sua parceira e com seus seguidores. Dê atenção a quem assiste, responda os comentários”.

A interação com os outros assinantes também é a dica de Janaína. “Ter contato com outros casais liberais é o que eu mais gosto no Sexlog. Não demora muito para você se soltar, agir naturalmente e agradar a você mesmo e a quem faz parte da sua rede.

Nova rotina, novos hábitos

Mayumi Sato conta que, antes da quarentena, os picos de acesso na rede social eram sempre segunda e terça-feira, a partir da meia-noite. Com o isolamento social, os picos estão começando mais cedo, às 22h e se estendendo até a 1h da manhã. “Os domingos, que antes não eram tão movimentados, passaram a ter mais 22% de acessos, comparados aos anteriores”, diz.

Desde 15 de março, a equipe do Sexlog registrou um aumento de 30% no número de fotos e vídeos publicados por dia, o que representa, em média, 13.500 fotos e 850 vídeos, no período de 24 horas.

E se os encontros e festinhas estão proibidos por enquanto, o exibicionismo está liberado, já que a distância não há risco nenhum. “As livecams aumentaram em 60% em comparação a períodos anteriores. Agora temos 75%  a mais de mulheres e 80% a mais de casais, tanto assistindo quanto se exibindo”, finaliza a diretora.

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