Por que a vacinação contra doenças é importante
O ser humano tem um sistema imunológico formado por milhares de anticorpos, que atuam no combate a agentes patológicos e infecciosos, como vírus e bactérias, capazes de desencadear graves doenças, ou até mesmo levá-lo a óbito. Quando exposto a um desses agentes patológicos pela primeira vez, ou em caso de mutações desses micro-organismos, não há tempo suficiente para a produção dos anticorpos. A partir daí, o corpo manifesta sintomas e, consequentemente, adoece.
As doses de vacinas, nesse contexto, são fabricadas com o uso de partes inativas ou enfraquecidas de vírus ou bactérias, estimulando a produção dos anticorpos e garantindo maior proteção contra determinada doença. Desenvolvidas com ciência e tecnologia, são aprovadas pela Anvisa – Agência Nacional de Vigilância Sanitária após diversas etapas de teste, o que resulta em dosagens totalmente seguras e eficientes para proteger pessoas de todas as idades contra doenças infecciosas.
Infectologista do São Cristóvão Saúde, a Dra. Andreia Maruzo Perejão ressalta que a imunização é imprescindível para a saúde pública, pois previne a disseminação de enfermidades graves, que causam epidemias e podem provocar sérias complicações médicas nas pessoas: “Manter o cartão vacinal em dia é manter todos longe de riscos para contração de doenças imunopreveníveis graves. Com a vacinação em dia, nos mantemos saudáveis e colaboramos para diminuir a chance de circulação de bactérias e vírus que podem causar surtos, epidemias e pandemias”. Assim, quanto maior o número de pessoas vacinadas, maior é a possibilidade de controlar doenças e evitar epidemias.
São muitos os casos de sucesso por conta de vacinação no combate de doenças potencialmente fatais, como a meningite, o tétano e o sarampo. De acordo com um estudo publicado no Jornal The Lancet, a vacinação reduziu em 45% as mortes causadas por doenças infecciosas em países de baixa e média renda, e estima-se que essa porcentagem cresça até 2030, com aproximadamente 69 milhões de mortes evitadas devido à vacinação. “Quando uma sociedade segue o calendário de vacinação de forma rigorosa, as doenças imunopreveníveis podem ser erradicadas e controladas”, incentiva a médica.
Em 1973, foi criado o “Programa Nacional de Imunização” – PNI, pelo Ministério da Saúde, com a imunização em massa para combater a proliferação de doenças. Diversas campanhas de vacinação foram desenvolvidas, dando origem ao calendário nacional de vacinação como forma eficiente de direcionar a população a procurar as vacinas adequadas no tempo correto. Elas podem ser oferecidas tanto pela rede pública de saúde quanto por clínicas particulares e são aplicadas desde os primeiros dias de vida, com algumas particularidades entre as redes, como listado a seguir em mais recente atualização, de julho/2021:
Calendário completo disponível pelo Sistema Público de Saúde (SUS) (infantil, adultos, gestantes e idosos):
A Rede Pública (SUS) oferece muitas vacinas que protegem contra diversas doenças. Na Rede Privada, porém, existem outras vacinas, contra outras doenças graves ou ainda com menos eventos adversos, que podem complementar o calendário vacinal para indivíduos de todas as idades, aumentando a proteção.
Calendário completo disponível pelo Rede Privada (infantil, adultos, gestantes e idosos):
– Infantil:
- Calendário Vacinal Infantil SBIm – Sociedade Brasileira de Imunizações
– Adulto: - Calendário Vacinal Adulto CVE – Centro de Vigilância Epidemiológica “Prof. Alexandre Vranjac”
– Idosos:
- Calendário Vacinal Idosos CVE – Centro de Vigilância Epidemiológica “Prof. Alexandre Vranjac”
– Gestantes: - Calendário Vacinal Idosos CVE – Centro de Vigilância Epidemiológica “Prof. Alexandre Vranjac”
Vacinação em adultos e idosos
Para os adultos, a atenção com as datas da carteira de vacinação ainda é necessária. “Os adultos possuem um calendário específico para a idade e cada vacina; conforme determinado por estudos científicos, são recomendadas com número de doses determinadas para cada idade e situações”, complementa Dra. Andreia. “As gestantes, por exemplo, devem se atentar, principalmente, em doses contra tétano, coqueluche, hepatite e gripe, pois protegem não apenas a mãe, como o bebê pela passagem de anticorpos pela placenta. Assim, o bebê garante alguma proteção antes de receber suas próprias vacinas”, recomenda a infectologista.
Atente-se ao calendário e não perca nenhuma dose. Afinal, “a vacinação é uma das maiores conquistas e descobertas da medicina. Com ela, eliminamos doenças que assolaram a humanidade e contivemos epidemias e pandemias. Todas as vacinas passam por estudos e são seguras e eficazes. Eventos adversos existem, assim como existem eventos adversos em qualquer medicação corriqueira que se possa utilizar no dia a dia. Porém, os riscos de gravidades são ínfimos e os benefícios promovidos são infinitamente superiores”, finaliza Dra. Andreia Maruzo Perejão.
