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Parque Três Pescadores em Aparecida acolhe animais resgatados

Refúgio das Aves do Parque Três Pescadores em Aparecida acolhe animais resgatados de maus tratos e tráfico

 

Além de acolher e tratar dos animais, o espaço aberto para visitação também é utilizado para pesquisa e formação de profissionais

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O tráfico de animais silvestres é um negócio criminoso, que infelizmente movimenta cerca de US$ 2 bilhões por ano. A estimativa é que, somente no Brasil, 38 milhões de animais silvestres são retirados ilegalmente da natureza todos os anos, os dados e estatísticas são da Rede Nacional de Combate ao Tráfico de Animais Silvestres (Renctas), uma Organização Social Civil de Interesse Público (OSCIP).

 

Diante desse preocupante cenário, o Refúgio das Aves, do Parque Três Pescadores, em Aparecida (São Paulo), pode ser considerado um oásis em meio a degradação do meio ambiente, principalmente da fauna. Atualmente com mais de cem animais em recuperação para retorno ao seu habitat natural, e com capacidade para ampliar o atendimento para cerca de 300, o local é um dos únicos na região do Vale do Paraíba, que recebe animais apreendidos por maus tratos ou vítimas do tráfico de animais silvestres, e de entrega voluntária.

 

O espaço é dedicado à recuperação e proteção de espécies brasileiras e recebe animais de Centros de Triagem de Animais Silvestres (Cetas), Centro de Reabilitação de Animais Silvestres (CRAS), e de excedentes de zoológicos de todo o país. 

 

Ao chegarem no local, eles passam por triagem, são avaliados, recebem tratamento veterinário e ficam em quarentena, para depois serem manejados para área de convívio e visitação. Após esse período de tratamento, aclimatação, avaliação comportamental, os animais triados e treinados para serem reintroduzidos na natureza, em programas de refaunação.

 

Entre as espécies acolhidas no Refúgio, temos iguanas, jabutis, marreco, araras canindé e vermelha, papagaios, maritacas, aratingas, pombas, corujas, garças, tucanos, siriemas, cágado e cutias.

 

Além do acolhimento dos animais, o Parque também promove a sensibilização ambiental através de programas educativos, e oferece áreas acadêmicas para pesquisa, estágios e programas de extensão em colaboração com universidades da região. “Isso fortalece a ligação entre conservação prática e conhecimento científico, criando um ambiente de aprendizado contínuo para estudantes e pesquisadores”, destacou Juliana Fernandes de Souza, bióloga do empreendimento.

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