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Mês de combate à Leucemia, o câncer mais comum na infância

Sem a existência de fatores de risco diretamente relacionados à doença, o diagnóstico precoce e correto é o principal caminho para seu combate

A Leucemia, câncer da medula óssea, é o tipo de câncer mais comum na infância. No Brasil, o câncer já representa a primeira causa de morte por doença entre crianças e adolescentes de 1 a 19 anos.

Com o progresso no tratamento do câncer nas últimas quatro décadas, 80% das crianças e adolescentes com a doença já são curados, com diagnóstico precoce e tratamento, de acordo com o Instituto Nacional do Câncer (INCA). Na década de 1970, a taxa de sobrevida em 5 anos era de apenas 58%.

A estimativa é que 420 mil novos casos de câncer sejam registrados para cada ano do biênio 2018/2019. O percentual de tumores infanto-juvenis é de 3%, então ocorrerão aproximadamente 12.500 novos casos de câncer em crianças e adolescentes (até os 19 anos).

Ao contrário da maioria dos cânceres em adultos, não existem fatores de risco relacionados com o estilo de vida para uma criança ter câncer, e raramente podem apresentar alterações genéticas que as tornem mais propensas à ele. A Leucemia é uma doença clonal geneticamente adquirida, ou seja, não é possível identificar uma causa, nem ligações com outros fatores – por isso a prevenção é um desafio para o futuro.

O diagnóstico precoce e correto é o principal para o combate ao câncer, para que o tratamento seja estabelecido de acordo com o subtipo e estágio da doença e as chances de cura maiores. As leucemias nao sao todas iguais. é um grupo de doenças extremamente heterogêneas.

Para identificar o tipo de leucemia é preciso saber exatamente onde a célula ficou “doente”, e esse processo começa com o refinamento do diagnóstico. A melhora da sobrevida da criança está associada com a melhora do conhecimento médico e biológico da célula.

No final do século 20 os exames se tornaram mais detalhados, e passaram a ver além da aparência da célula (por fora). A Imunofenotipagem, por exemplo, permite identificar a célula doente. Assim é possível verificar o estágio da doença, e as possibilidades de tratamento.

Ao sinal de alguma anormalidade, os pais devem levar seus filhos ao pediatra para avaliação. Quando células doentes começam a serem produzidas dentro da medula as células saudáveis (como leucócitos, hemácias, plaquetas, entre outras) são tomadas pelas ruins e espalhadas pelo corpo por meio dos vasos sanguíneos.


Com a diminuição dessas células “boas”, sintomas como palidez, roxos na pele, fraqueza, emagrecimento, dores nos ossos, começam a surgir. A suspeita das mães/responsáveis é essencial nesse momento, bem como dos pediatras. As dores nas articulações são os maiores contingentes nas consultas, pois muitos médicos, a princípio, não suspeitam das dores das crianças – associadas às dores naturais durante a fase de crescimento.


A TUCCA, Associação para Crianças e Adolescentes do Câncer, desenvolve um atendimento e tratamento de excelência para crianças de todo o Brasil de forma 100% gratuita na zona leste de São Paulo. 3.500 pacientes já passaram por lá, e até dezembro de 2018 a TUCCA já atendeu 629 crianças com Leucemia, com índices de cura entre 75% e 80% ( subtipos: maioritariamente Leucemia Linfóide Aguda ( LLA) – 73%, (LMA) – 23%, ( LMC) – 3%, (LMMJ) – 1%), em média 40 novos casos por ano.


O mês de fevereiro serve como um alerta para que seja possível identificar a doença o mais rápido possível, conscientizando as famílias e os profissionais da saúde.


Desde 2018 um novo desenho terapêutico está sendo traçado, e até o segundo semestre de 2019 deve ser lançado.

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