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Grávida faz exercícios? Entenda os benefícios deles para a gestação

 

Atividades físicas trazem vantagens tanto para a mãe quanto para o bebê

Não é de hoje que a gravidez deixou de ser sinônimo de repouso. E agora, estar com um barrigão não é mais desculpa para pausar a rotina de exercícios e muito menos, para deixar de lado a vontade de iniciar novas atividades, mesmo que seja em uma intensidade moderada.

A orientação para a realização de atividades físicas durante a gestação é indicada pelo American College of Obstetricians and Gynecologists (ACOG) desde a década de 1990. Mas, só em 2002 essa prática foi indicada para gestantes e confirmada no guideline da Sociedade Brasileira de Medicina do Esporte.

Realizar atividades físicas traz inúmeros benefícios para a saúde do corpo e da mente e, no caso das gestantes, as vantagens vão desde a redução de riscos durante a gravidez, até na inibição de casos de diabete, dores nas costas, diminuição de tensão durante o dia e melhora da respiração.

“A prática da atividade física é segura e necessária, desde que seja com regularidade e moderação. Mesmo assim os exercícios são indicados tanto para o início da gestação, quando o corpo da mulher ainda está se adaptando para acolher o bebê, durante a gravidez, e, também, no momento do pós-parto, afinal, durante todo esse período os hormônios e o próprio corpo da mãe estão em transformação”, explica a fisioterapeuta e especialista em osteopatia, Débora Ucha.

A realização de atividades físicas deve ter uma regularidade de 3 a 5 vezes na semana e entre os exercícios indicados estão os aeróbicos (como caminhadas e atividades aquáticas), de força e resistência (musculação e o pilates) e o alongamento e relaxamento, através da dança ou ioga, por exemplo.

“Mesmo que a atividade física seja essencial, é necessário que a gestante tenha um acompanhamento de um especialista, no caso das grávidas saudáveis os exercícios são altamente recomendados, mas para as que não mantém um corpo tão ativo, é necessário iniciar de forma lenta e com mais atenção, principalmente no primeiro trimestre”, recomenda Débora.

Além disso, a especialista também afirma que a própria gestante deve avaliar questões sobre vestimenta, conforto no exercício, temperatura do clima e do corpo além de não esquecer, em nenhum momento, de se hidratar durante as atividades.

 

PARA O BEBÊ

Os benefícios de realizar atividades físicas se estendem também para a saúde do bebê, que por sua vez, podem ter uma qualidade de vida melhor, através de ações da mãe. “Os atos de uma gestante refletem em estímulos para o bebê, seja através de sentimentos, de alimentos e também de ações, como é o caso do exercício físico, por isso que, neste caso, o exercício pode chegar a fazer bem até para o bebê”, detalha a especialista.

Entre as vantagens para ele estão o aumento da circulação sanguínea, desenvolvimento do feto, melhora no sistema cardiovascular, além de ajudar no momento da passagem dele, na hora do parto.

 

E DEPOIS?

Mesmo depois de ter concebido o seu bebê, é natural que a mulher se sinta mais cansada, estressada e até desconfortável com atividades do dia-a-dia, como caminhar e dormir. Por isso, os exercícios físicos devem acompanhar a mãe neste momento, pois ele vai atuar diretamente na recomposição do corpo e da energia, além de melhorar a postura, minimizar dores e melhorar a autoestima.

“O exercício físico deve acompanhar a pessoa por toda a vida na verdade, mas para a gestante esse é um momento importante, então a minha dica para elas é que se cuidem, que entendam os limites e as necessidades do corpo delas. E para quem está nesse momento de pós-parto, que busque novamente o exercício, seja o pilates, a hidroginástica, uma caminhada ou também, dança ou ioga, afinal, é necessário sempre se manter em equilíbrio”, finaliza Débora.

 

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