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Estresse Felino: Como proteger o bem-estar dos gatos

Os gatos são animais extremamente sensíveis e territoriais, capazes de perceber até mesmo pequenas mudanças em seu ambiente. Alterações repentinas de comportamento, como se esconder, miar em excesso ou demonstrar agressividade, podem ser sinais de que o felino está passando por estresse – um problema que vai muito além de simples reações comportamentais.

“O estresse prolongado pode comprometer a saúde física, enfraquecer o sistema imunológico e até desencadear doenças urinárias, problemas de pele e alterações no apetite”, alerta a médica-veterinária Marina Tiba, gerente de Produtos da Unidade de Animais de Companhia da Ceva Saúde Animal.

Causas do estresse em gatos

Situações comuns do dia a dia podem ser suficientes para gerar tensão. Mudanças de casa, reformas, novos móveis ou mesmo a chegada de visitas ou novos moradores alteram o território que o gato reconhece como seguro, provocando desconforto.
A convivência com múltiplos gatos também merece atenção: disputas por caixas de areia, brinquedos, água, comida ou locais de descanso são gatilhos frequentes para conflitos. “Nesses casos, oferecer múltiplos recursos para cada gato é fundamental para reduzir disputas e criar um ambiente mais harmonioso”, explica Marina.

Além disso, fatores externos como barulhos intensos, fogos de artifício, visitas frequentes ou a ausência prolongada do tutor podem afetar diretamente o equilíbrio emocional dos felinos.

Sinais de alerta

Identificar os sinais de estresse é o primeiro passo para proteger a saúde emocional dos gatos. Entre os mais comuns estão agressividade, vocalização excessiva, perda de apetite, tendência a se esconder e lambedura compulsiva, que pode levar à queda de pelos. “Esses comportamentos indicam que o animal está tentando lidar com uma situação que não consegue controlar, reforçando a importância de ajustes no ambiente, no manejo diário e da busca por orientação de um médico-veterinário especializado”, destaca Marina.

Estratégias para reduzir o estresse

Existem diversas formas de promover o bem-estar felino em casa. O enriquecimento ambiental é uma das principais: arranhadores, brinquedos interativos, prateleiras e esconderijos ajudam o gato a explorar o espaço de forma segura e estimulante. Além disso, o tempo de brincadeira com o tutor fortalece o vínculo, proporciona diversão e segurança emocional, reduzindo consideravelmente o estresse.

Outro recurso eficaz é o uso de feromônios sintéticos. “Os feromônios são sinais químicos naturalmente produzidos pelos felinos, que transmitem mensagens de segurança, bem-estar e território. As versões sintéticas, que imitam esses sinais, ajudam na adaptação a situações desafiadoras, trazendo mais serenidade e equilíbrio”, explica a veterinária.

Mais confiança, menos estresse

Ao reconhecer os sinais de estresse e adotar estratégias de prevenção, é possível transformar a rotina dos gatos, tornando-os mais confiantes, relaxados e felizes.

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