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Hambúrguer com batata frita: dá para comemorar sem culpa?


Nutricionista explica como aproveitar o lanche queridinho dos brasileiros com mais equilíbrio
 

No fim de maio, duas datas ganham o coração — e o paladar — de muita gente: o Dia do Hambúrguer, comemorado em 28 de maio, e o Dia da Batata Frita, celebrado dois dias depois, em 30 de maio. A dupla é uma das mais populares quando se fala em lanches rápidos e saborosos. Mas será que esse combo tão querido pode ser incluído na rotina alimentar sem pesar na saúde?
 

Segundo a nutricionista e docente da Estácio, Lilian Asis, hambúrguer com batata frita é considerado um lanche pouco saudável por ser, em geral, altamente calórico e rico em gorduras saturadas e sódio. “O quanto vai ser prejudicial depende do modo de preparo e da frequência com que o lanche é consumido”, alerta. O consumo exagerado e frequente pode favorecer quadros de obesidade, hipertensão e doenças cardiovasculares — consequências diretas do excesso de calorias, sal e gordura presente nessas refeições.
 

Apesar da má fama dos fast foods, a especialista destaca que há uma diferença significativa entre os hambúrgueres prontos vendidos em redes e aqueles feitos em casa. Os caseiros, segundo ela, podem ser preparados com carnes mais magras como patinho ou lagarto, e temperos naturais como alho, cebola, salsa e cebolinha. “Se usar esses temperos na versão seca, o hambúrguer ainda retém mais líquido e não reduz tanto de tamanho”, explica.
 

A batata frita também pode passar por uma repaginação mais leve. Em vez da fritura por imersão no óleo, a sugestão é assar no forno ou preparar na airfryer, usando batatas in natura e pouco sal. No caso dos complementos do lanche, o ideal é evitar queijos processados, bacon e molhos prontos, que adicionam ainda mais gordura e sódio à refeição. Acrescentar folhas verdes e legumes é uma boa forma de incluir fibras e tornar o sanduíche mais equilibrado.
 

Mas e a frequência, qual seria o limite saudável? Lilian explica que essa recomendação deve ser individualizada, mas deixa um recado importante: “Dentro de um plano alimentar equilibrado, o nutricionista pode definir uma frequência aceitável levando em consideração o preparo do lanche e o estado de saúde da pessoa”. Para ela, o mais preocupante é quando essas refeições passam a substituir refeições balanceadas de forma rotineira, levando a um desequilíbrio nutricional a longo prazo.
 

E se a ideia é “compensar” um lanche mais calórico com dietas restritivas ou pular refeições, a nutricionista é categórica: essa estratégia pode gerar um ciclo de culpa, frustrações e até compulsão alimentar. “O importante é manter uma rotina rica em frutas, legumes e verduras para que o corpo esteja bem nutrido no dia a dia”, reforça.

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