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Escolha correta de máscara e de álcool em gel ameniza problemas de pele

O hábito recente de usar máscara e álcool em gel não veio desacompanhado. Junto cresceu o volume de queixas sobre o surgimento ou agravamento de problemas de pele causados pela dupla. Segundo a dermatologista do Hospital Edmundo Vasconcelos, Isis Veronez Minami, o tipo de produto que compõe a máscara e a composição do álcool devem ser objetos de atenção para evitar complicações, como a acne e o ressecamento das mãos.

No caso das espinhas, a dermatologista explica que o ideal é priorizar modelos que sejam confeccionadas em algodão. A exceção fica para os profissionais de saúde, cuja atividade requer outros materiais. “Quem já sofria com acne, tende a ter o quadro piorado pelo uso da máscara por conta da oclusão e atrito com o rosto, por isso a importância da escolha do material correto”, explica.

Aliado a esse cuidado, é preciso atenção à rotina de cuidados com a pele, que deve envolver, no mínimo, uma limpeza diária. “As recomendações sempre variam conforme o tipo de pele, mas em geral é indicada a lavagem com água fria duas vezes por dia, de preferência com sabonetes apropriados”, diz a médica. “Em alguns casos, será necessário um tratamento mais específico, por isso é importante procurar um dermatologista”, enfatiza.

O material da máscara pode ainda colaborar para outro problema, como a dermatite de contato. Segundo a dermatologista, o contato com determinados tecidos, corantes e até mesmo o uso de shield – proteção de acrílico para cobrir todo o rosto – interferem neste processo. “O uso constante da máscara também está ligado à piora de quadro de rosácea e de dermatite seborreica na face”, acrescenta Isis.

A pele das mãos também pode sofrer com a nova rotina diante do novo coronavírus. O principal culpado é o álcool em gel, que provoca uma desidratação da derme, e em alguns casos, atua como agente irritativo, desenvolvendo feridas. Assim como no caso das máscaras, o conselho é atentar à composição do produto.

“Existem alguns produtos que apresentam componentes hidratantes na composição e ajudam a amenizar o problema. Mas é preciso ficar atento à graduação alcoólica que deve ser sempre de 70 graus para manter a proteção contra o novo coronavírus”, conta. “A dica mais valiosa é caprichar na hidratação, que deve ser feita sempre após o uso do álcool e até mesmo da lavagem das mãos com água e sabão. Lembrando que essa última opção é a menos agressiva para a pele”, conclui.

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