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Diferenças entre a carne vermelha e a carne branca

 

Nutricionista fala sobre a importância de comer a carne branca, sem abandonar a vermelha

Existem muitas dúvidas a respeito de qual tipo de carne é mais saudável para a saúde, entre elas estão a carne vermelha e a carne branca. Uma pesquisa realizada nos Estados Unidos mostra que comer muita carne vermelha aumenta o risco de doenças como diabetes e câncer. Segundo a nutricionista comportamental, Patrícia Cruz, a carne vermelha não é contraindicada, porém, é preciso reduzir à frequência de consumo. “É importante variar os nutrientes consumidos, por exemplo, no tipo de preparo”, afirma Patrícia.

De acordo com a nutricionista é importante esclarecer o que é considerado carne vermelha e carne branca. O grupo de carnes vermelhas inclui: bovina, suína, cordeiro e entre outros. Já o grupo de carnes brancas é composto por aves e peixes. Patrícia conta que a carne vermelha se diferencia da branca por apresentar maior concentração de ferro, maior teor de gordura saturada (dependendo do corte), vitamina B12 e maior quantidade de colesterol. “O teor de gordura da carne vermelha sempre vai depender do corte. Se optarmos por cortes mais ‘gordos’ como: cupim, costela e picanha, o teor de gordura saturada e colesterol será bem elevado”, conta a especialista.

Os cortes mais magros como baby beef, filé mignon e coxão duro apresentam menor teor de gordura saturada, colesterol e calorias. Dessa forma, os cortes brancos são excelentes fontes de proteínas, ferro e vitamina B12. “Quando falamos em gordura é preciso definir o corte”, enfatiza Patrícia Cruz. No caso dos peixes, a maior parte de fonte de gordura é considera boa (ômega 3). O peito de frango, por exemplo, apresenta menor teor de gordura e colesterol. Porém, os cortes feitos em coxa e sobrecoxa com pele são os mais ricos em gordura e colesterol.

De fato, a carne vermelha é fonte de gordura saturada e colesterol. “Se o consumo for excessivo, leva ao ganho de peso e consequentemente as dislipidemias e diabetes também correm o risco de aumentar”, comenta a nutricionista. Mas, é importante deixar claro que qualquer consumo excessivo de carne (gordura saturada) aumenta o risco de alguns tipos de câncer como de cólon, mama e entre outros.

Dessa forma, Patrícia índica que o consumo diário seja feito no almoço e jantar, ou seja, duas refeições no dia. “O ideal é que o consumo de carne vermelha não ultrapasse 3x na semana e os demais dias devem ser compostos por aves e peixes”, sugere a especialista. Para os peixes, a recomendação mais comum é manter o consumo de uma a duas vezes na semana. Recomenda-se consumir peixes como: salmão, sardinha, cavalinha e atum, pois, são fontes de ômega 3 e gordura insaturada que evitam a agregação plaquetária que consequentemente previnem doenças cardiovasculares.

Dicas para preparações: Carne vermelha e carne branca

1 – Independente do corte de carne vermelha ou branca, nunca frite e/ou empane;

2 – Prefira preparações grelhadas, cozidas e assadas;

3 – Para utilizar pouca gordura no assado de carne vermelha. “Faça marinadas com limão, vinho branco, cebola, alho, e ervas frescas. Deixe de 30 minutos a 1 hora, assim a carne ficará macia e precisará de menos gordura”, orienta Patrícia;

4 – O frango em pedaços (coxa e sobrecoxa) é bem vindo. Porém, devem ser preparados sem pele;

5 – Para assar o peixe e deixá-lo úmido, forre a assadeira com tomate e cebola. Sempre cubra a assadeira com papel alumínio pelo menos nos primeiros 10 a 15 minutos de cozimento;

6 – O filé de frango depois de grelhado pode ser servido com molho de tomate e creme de ricota;

7 – Crie o hábito de fazer filé de carne ou frango em tiras cozido com brócolis, cenoura em tiras e milho.

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