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Conjuntivite primaveril: qual a diferença  da conjuntivite comum?  

A oftalmologista, Cláudia Benetti, explica e fala  sobre diagnóstico e cuidados

 

Com a chegada da primavera, estação em que acontece a polinização de muitos tipos de plantas, é comum o surgimento da conjuntivite primaveril. A maior concentração das minúsculas partículas de pólen no ar pode causar irritação nos olhos e os sintomas como vermelhidão, coceira e secreção, muito semelhantes a conjuntivite comum, podem aparecer. No entanto, a oftalmologista de Campinas, Cláudia Benetti, destaca que a diferença é que a primaveril não é  transmissível para outras pessoas.

“Neste caso, a conjuntivite primaveril tende a aparecer em indivíduos com predisposição genética e com histórico de alergias como rinite, sinusite, asma e bronquite. Por não ser viral, causada por vírus, não é transmissível de uma pessoa para outra. No entanto, quando os sintamos aparecem, é preciso procurar um médico oftalmologista e trata-la de acordo suas orientações. Qualquer atitude caseira pode prejudicar o quadro e comprometer ainda mais a visão”, alerta Cláudia.

A conjuntivite primaveril acontece pelo contato dopólen de flores e plantas com as mucosas e o organismo reage, neste caso, aos alérgenos causando as alterações oculares. Além dos sintomas como vermelhidão e coceira, algumas pessoas lacrimejam bastante e tem intolerância à luz. “O diagnóstico é feito no consultório, durante a consulta, e é possível diferencia-la da conjuntivite viral, bacteriana ou fúngica pois cada uma apresenta características próprias visíveis com nosso equipamento. A diferença, basicamente, está no tipo de célula que se apresenta inflamada e no tipo de secreção”, explica a médica.

Cláudia reforça ainda que a conjuntivite primaveril pode facilitar a contaminação por bactérias, “já que altera as condições básicas da mucosa ocular, facilitando a proliferação microbiana”, completa. A oftalmologista alerta que o uso do óculos não protege contra a conjuntivite primaveril, como muito se lê, pois o contato acontece tanto pela mucosa ocular, como por qualquer outra. “A reação alérgica é uma reação do corpo e não dos olhos”, finaliza.

Alguns cuidados que podem evitar a alergia causada pelo pólen:

 

  • casa bem arejada;

  • evitar ambientes com muita florescência;

  • usa lubrificantes para “lavar” o contato do pólen com a mucosa;

  • beber bastante água, pois uma mucosa bem hidratada consegue se “limpar melhor”.

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