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Conheça os prós e contras dos tipos de parto

Há diferentes formas de dar à luz, cada uma com uma peculiaridade, vantagem ou risco. Entenda as variações.
Um dos momentos mais esperados da maternidade é também um dos mais temidos: dar à luz. Ao longo de toda a vida, sempre ouvimos relatos sobre o parto, conselhos, dicas e até críticas sobre qual forma de parir é melhor ou pior.
Cinthia Calsinski é enfermeira obstetra da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) e conta que o tipo de parto não define quem é melhor mãe. “Este é um momento único na vida da mulher. Infelizmente, nem todas podem escolher a forma de parir, por questões de saúde que devem ser conversadas com o obstetra. Ainda assim, todo parto deve ser humanizado e seguro”, destaca.
A enfermeira explica as variedades, prós e contras das formas de dar à luz. Confira abaixo:
  •          Parto natural: é o parto vaginal que ocorre sem intervenção médica, como a anestesia.
Prós: a fisiologia do parto é respeitada na sua totalidade. Há menor risco de complicações, a mulher tem a movimentação e o pleno controle do seu corpo imediatamente após o nascimento. Também há menor perda de sangue se comparada à cesárea.
Contras: não há. “O limiar de dor é bastante personalizado, mas podemos afirmar que a dor do parto natural é suportável, apesar de ser um processo que pode ser cansativo.”
  •          Parto normal: é o parto vaginal que tem intervenção médica, seja analgesia, indução das contrações etc.
Prós: melhor recuperação; menor risco de infecção e de hemorragias; e menor perda sanguínea quando comparado a cesárea.
Contras: “quando há intervenções na fisiologia natural do parto, aumentam-se os riscos de complicações”, diz Cinthia, que diz que, muitas vezes uma intervenção gera a necessidade de outra, como o pedido de analgesia após o rompimento de bolsa, ou após o uso de medicamentos que aceleram o parto (ocitocina).
  •          Parto na água: é o parto vaginal que ocorre dentro de uma banheira ou piscina com água quente/morna para aliviar a dor das contrações.
Prós: o relaxamento muscular é profundo, reduzindo a dor. “A pressão hidrostática no períneo, assim como a água quente, fazem com que a passagem do bebê seja mais lenta, úmida e amena”, explica Cinthia.
Contras: a pressão arterial da gestante pode cair durante o trabalho de parto e, após o nascimento, é bom sair da banheira para que a água quente não aumente o sangramento após a saída da placenta.
  •          Cesárea:  é o parto cirúrgico.
Prós: a cesárea deve ser opção para quando, por algum motivo clínico, o parto vaginal está contraindicado.
Contras: “é uma cirurgia de grande porte que necessita de recuperação para voltar às atividades diárias, podendo dificultar o cuidado do bebê por questões de limitação física e/ou dor”, diz a enfermeira obstetra. Além disso, o procedimento tem maior risco de sangramento, infecção e aumento dos riscos inerentes à analgesia. “Nas cesáreas agendadas fora do trabalho de parto, há ainda o risco do bebê não estar maduro e apresentar complicações, em geral respiratórias, ao nascer.”

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