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Brasileiros recebem primeiro dispositivo aos oito anos

Nem boneca, nem carrinho. Na semana do Dia das Crianças, os dispositivos eletrônicos se destacam como um dos artigos mais procurados, como apontam estimativas de associações de lojistas no Brasil. Mas para os pais que planejam presentear seus filhos com um smartphone ou tablet, é importante tomar algumas precauções na hora de deixar a criança navegar pela internet. 

De acordo com dados da empresa de cibersegurança Kaspersky e da consultoria CORPA, a grande maioria dos adultos não está bem inteirada sobre o que os seus filhos fazem na internet. Oito em cada dez pais admitem que: ou não controlam de maneira suficiente as suas atividades digitais (72%), ou não exercem nenhum tipo de monitoramento (10%), estes últimos, por entenderem ser algo “desnecessário”. Já 18% dos entrevistados disseram que gostariam de ter mais controle, mas encontram dificuldade pela falta de tempo (14%) ou pela pouca habilidade com a tecnologia (4%). 

Ainda, as crianças no Brasil ganham o seu primeiro aparelho celular ou tablet por volta dos oito anos de idade, em média, sendo que quase um terço (29%) recebe até os seis anos. Entre os jovens menores de 18 anos, mais de 70% receberam seu primeiro dispositivo antes de completar dez anos de idade. 

Pais apontam assédio e depressão 

Quase um quarto dos pais entrevistados (23%) afirma que seus filhos já tiveram experiências negativas na internet, sendo a principal delas o tempo excessivo em jogos online (19%). Também foram citados o acesso a sites de conteúdo adulto (4%) e compras sem o consentimento (3%). Já 1% disse que os filhos foram vítimas assédio pela internet.  

Sobre as consequências da internet para os filhos, as mais apontadas pelos entrevistados foram a insônia (33%), diminuição das atividades sociais (21%) e queda na autoestima (19%). Já 8% dos pais afirmaram que os filhos passaram a sofrer de depressão.  

“O mundo online é repleto de educação, informação e diversão, e, usado corretamente, pode oferecer enormes benefícios a todas as crianças. Assim como é papel dos pais mostrar aquilo que a web tem de positivo para oferecer, também cabe a eles a conscientização e o conhecimento sobre a melhor forma de monitorar e proteger a experiência online de seus filhos”, comenta Roberto Rebouças, gerente-executivo da Kaspersky no Brasil. 

De acordo com o estudo da Kaspersky, pouco mais de um quarto (27%) dos pais possui um programa de controle parental instalado nos dispositivos usados pelos filhos. Destes, 14% afirmaram que as crianças já tentaram desinstalá-los (mas apenas 1% teve êxito na tentativa). “A educação é o ponto principal quando se fala em cibersegurança para crianças e adolescentes. Nesse contexto, destaco a conversa franca como um ponto fundamental e a recomendação de levar a discussão sobre a vida digital para dentro de seu lar, tornando-se uma referência positiva também em relação a isso”, completa o especialista. 

Para ajudar as famílias na educação digital infantil, a Kaspersky recomenda: 

• Estabeleça um diálogo sobre os perigos da internet com os seus filhos. 

• Participe das atividades online de seus filhos desde cedo como um “mentor”. Pergunte sobre suas experiências online e, em particular, se teve algo que o(a) fez sentir desconfortável ​​ou ameaçado(a), como assédio, sexting ou aliciamento. 

• Defina regras simples e claras sobre o que eles podem fazer na internet e explique o porquê. 

• Configure corretamente as ferramentas de privacidade nas redes sociais de seus filhos para que as mensagens sejam visualizadas apenas por amigos e familiares. 

• Conte com uma solução de segurança de qualidade em todos os dispositivos conectados, como PCs, smartphones e tablets, e tenha ainda a função de controle parental, como o Kaspersky Safe Kids , habilitada nos dispositivos das crianças. Esta solução permite bloquear conteúdos inapropriados, mensagens de spam e ajudar a acompanhar as regras predefinidas de uso da internet. Baixe uma licença de teste no site oficial. 

Para mais dicas de segurança das crianças na internet, acompanhe o blog da Kaspersky. 

Metodologia 

O estudo da Kaspersky faz parte da campanha Crianças Digitais e foi realizado para analisar o quanto pais e mães estão envolvidos e comprometidos com a vida digital de seus filhos em seis países da América Latina (Argentina, Brasil, Chile, Colômbia, México e Peru). Ao todo, foram entrevistados 2.294 pais e mães com idade entre 25 a 60 anos, e cujos filhos tenham entre 0 e 18 anos. As entrevistas foram realizadas entre fevereiro e março deste ano, por meio de enquetes online.

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