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8 de agosto – Dia Nacional de Combate ao Colesterol

Cardiologista da BP – A Beneficência Portuguesa de São Paulo faz o alerta: pessoas magras, ativas e com alimentação saudável também podem ter colesterol alto

 Pesquisa revelou desconhecimento da população sobre o tema, que é um dos principais fatores de risco para o desenvolvimento de infarto e derrame

Apesar de 72% dos brasileiros considerarem que é prejudicial à saúde ter um alto índice de colesterol, 40% deles não sabem ou não lembram a diferença entre colesterol bom ou ruim. Foi isso que revelou uma pesquisa realizada pela BP – A Beneficência Portuguesa de São Paulo, um dos mais expressivos polos de saúde da América Latina, com 600 pessoas das 5 regiões do País.

Para Marcelo Ferraz Sampaio, cardiologista da BP e orientador da pesquisa, os resultados preocupam, pois, além de revelarem um conhecimento apenas parcial sobre o tema, dificultam a prevenção e o tratamento de doenças relacionadas ao colesterol, como o infarto.

“A maior parte das pessoas acredita que a causa do colesterol alto é a má alimentação. Isso é um ledo engano. Apenas 30% do colesterol vem da alimentação e os outros 70% são produzidos pelo próprio organismo. Portanto, pessoas com alimentação saudável, magras e ativas também podem ter o colesterol elevado devido a um fator genético”, alerta o cardiologista.

Prevenção é o melhor caminho

O colesterol é um tipo de gordura responsável por absorver as vitaminas A, D, E, K e lipídios e também por sintetizar os hormônios sexuais e da digestão.

Segundo dados da Sociedade Brasileira de Clínica Médica (SBCM), cerca de 50% dos ataques cardíacos poderiam ser evitados se houvesse controle dos níveis de colesterol no organismo, especialmente o do LDL, que é o mais preocupante para a saúde. Popularmente conhecido por colesterol “ruim”, o acúmulo de LDL nas paredes das artérias prejudica o fluxo de sangue para o cérebro e coração.

Entretanto, conforme mostrou a pesquisa realizada pela BP, apenas 30% dos entrevistados souberam diferenciar colesterol bom e ruim e apenas 6% mencionaram os tipos HDL, LDL e VLDL.

Outros fatores que não estão muito claros para a população referem-se às causas e à prevenção de altos índices de colesterol.

A má alimentação e ingestão excessiva de gorduras são consideradas por 63% dos entrevistados como os grandes vilões para alteração dos níveis de colesterol. Apenas 20% atribuem o problema ao sedentarismo, 9% assumiram não saber e outros 8% estão divididos em diversas causas, entre elas o tabagismo, estresse, obesidade e doenças do coração.

Sobre a prevenção, 58% têm a percepção de que para evitar níveis alterados de colesterol basta ter uma alimentação saudável. Já os exercícios físicos são a principal forma de prevenir a doença para 28% dos entrevistados. 13% responderam evitar frituras e gorduras. Para 1% não fumar, não beber e não usar drogas evitam o colesterol desregulado.

De acordo com o cardiologista Marcelo Sampaio, toda essa confusão de informações sobre o tema só ressalta a importância da avaliação médica preventiva periódica, mesmo que a pessoa não tenha qualquer sintoma ou histórico familiar.

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